Durante o primeiro dia da Decorhotel, na Exponor, a ADHP promoveu um seminário dedicado à Cibersegurança na Hotelaria, sob a presença de Ana Castelo, General Manager da e-GDS, e de Nuno Azevedo, Head of E-Commerce da Reduniq.
Num mundo onde a internet está a uma velocidade tão rápida, também nós estamos, consequentemente, a funcionar nessa mesma velocidade. Esta é uma das visões apresentadas por Ana Castelo durante este debate do dia 24 de outubro. “Pagamos um preço muito caro para que nos testem sob o ponto de vista da vulnerabilidade das nossas infraestruturas”, ou seja, “resumidamente, temos hackers contratados para termos a certeza que estamos a trabalhar bem”.
Mas um bom trabalho não depende só desta verificação, mas também de “cada hotel ter um plano de risco”, pois poderão estar em causa inúmeros dados de clientes. “Uma das coisas que falta às organizações é orientação para a gestão de riscos, para a prevenção e monitorização”.
E considerando que o custo da segurança não é um custo, mas sim um investimento, Ana Castelo revela que os hóspedes são pessoas interessadas, que procuram e que gostam de sentir segurança, daí haver um sentido reputacional para a empresa/hotel em questão. “Se conseguirmos transmitir essa segurança, através das nossas boas práticas, dos sistemas que adotamos e das certificações, vamos estar no futuro a fidelizar hóspedes”.
“Não sei se temos plano de evacuação para ciberataque, mas devia ser obrigatório”
Por sua vez, Nuno Azevedo concorda que o investimento é essencial, “porque agora pode custar-nos um pouco, mas vamos ter dividendos no futuro”. A Reduniq admite ter já várias empresas que a escolhem como fornecedor de pagamentos porque confiam no sistema e influencia o facto de ser uma empresa portuguesa.
Noutro ponto, frisou o quanto é essencial a formação e consciencialização das pessoas para este tema, mas deu especial enfoque no ponto de vista da cidadania, porque a literacia de pagamentos, em geral, ainda é muito complicada.
Por Diana Fonseca
