Entre o rio Tejo e o Algarve, a planície alentejana convida a atravessar ribeiras, mar e campos, e a desfrutar das belas paisagens e de inúmeras atividades ao ar livre, ideais para quem procura escapar às massas. Esta extensa região não
deixa ninguém indiferente, quer pela beleza da sua paisagem e qualidade do património arqueológico, monumental, arquitetónico e etnográfico, quer pela excelente gastronomia e vinhos. Mas, nos tempos que correm, em que todos querem fugir a territórios densamente povoados e aproveitar ao máximo o ar livre e a natureza, o Alentejo é, sem dúvida, um destino com muitas opções.
Com o verão à porta, nada melhor do que conhecer as praias da região, desde a costa ao interior. Para aproveitar o sol nos extensos areais alentejanos, tem mais de 140 Km, da Comporta à Zambujeira do Mar, passando por Almograve, Melides, Porto Covo ou São Torpes. Mas também os rios Tejo, Guadiana ou Mira, e as albufeiras, estão de braços abertos para receber os fãs de desportos aquáticos. Pode aproveitar para se refrescar nas praias da Tapada Grande, Alamal, Monsaraz, Mourão, Amieira ou Santa Clara, deslizar numa canoa ou prancha na albufeira do Caia ou de Odivelas, sentir o vento nas velas em Montargil, pescar em Vale do Gaio ou remar e voar sobre skis no Maranhão.
Alentejo e a Natureza
Da água passamos para o elemento terra e, no Alentejo, a Natureza esbanja razões para uma visita. A primeira imagem que temos da região leva-nos a planícies ondulantes, árvores e flores silvestres a pincelar a paisagem que, de vez em quando, é interrompida por uma casa vestida de branco, amarelo ou azul vivo. Mas há muito mais para
descobrir e, uma vez lá, não deixe de subir ao verde das serras, de se perder nos parques naturais e ecossistemas únicos ou de voar com grifos e garças. É aqui que encontramos a Reserva da Biosfera de Castro Verde, a 11ª reconhecida pela UNESCO em Portugal e a primeira a sul do Tejo.
Os trilhos Feel Nature, no Alto Alentejo, são uma boa sugestão para quem quer percorrer o verde da serra de São Mamede ao azul do Tejo no Monumento Natural das Portas de Ródão. Para explorar o Alentejo Central opte pela Grande Rota do Montado. Para quem gosta de caminhadas, o Alentejo oferece-lhe quilómetros por onde andar e tem mesmo o projeto “Alentejo a Pé”, que sistematizou informação relativa a percursos pedestres para os diferentes tipos de utilizadores. Não esquecer a Rota Vicentina, com os seus 450 Km de trilhos épicos, como o trilho dos Pescadores e o Trilho Histórico, certificado como um dos Leading Quality Trails Best of Europe.
E porque a natureza é rainha, não esqueça o Birdwatching. Todos os dias o céu alentejano se enche de milhares de pássaros e espécies raras como a águia imperial ibérica ou o rolieiro na Reserva Natural do Estuário do Sado ou no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. As aves marinhas, como os moleiros ou a cagarra, podem ser vistas no cabo de Sines ou no cabo Sardão.
Os céus alentejanos
E já que está com os olhos apontados ao céu, aproveite para observá-lo melhor pois no Alentejo o ar cheira a adrenalina pura.
Sabia que o Alentejo é um dos melhores locais da Europa para andar de balão, com destaque para Monsaraz e Beja, e para o Festival Internacional de Balões de Ar Quente? Nos céus de Évora pode fazer paraquedismo, skysurf ou skydiving todos os fins-de-de-semana. E na serra de Alcaria Ruiva, em Mértola, pode experimentar o parapente e planar ao lado das águias.
Termine esta viagem ao Alentejo a subir o Guadiana até ao grande lago do Alqueva. À noite o céu ganha outra vida num espetáculo mágico do Dark Sky Alqueva, que se estende do Redondo até Mértola, permitindo-lhe descobrir os mistérios da Via Láctea.




















































