O Governo anunciou que vai enviar ainda esta semana ao Parlamento propostas de alteração às regras da nacionalidade e da imigração. A Confederação do Turismo de Portugal (CTP), ainda que não conhecendo em concreto as medidas do Governo, espera que estas não sejam impeditivas de um maior equilíbrio e celeridade nas respostas por parte da Administração Pública à imigração laboral.
“O Turismo necessita de mão de obra estrangeira para assegurar os seus serviços, continuar a crescer e afirmar-se como a principal atividade económica do país. Sempre defendemos que somos a favor de processos transparentes, dignos e legais de migração laboral. Por isso, aguardamos para conhecer especificamente novas medidas anunciadas pelo Governo, esperando que estas tragam mais equilíbrio e celeridade aos processos de imigração laboral, e não o contrário”, refere Francisco Calheiros, presidente da CTP.
Para a entidade, as necessidades do Turismo e do país têm de caminhar em paralelo pelo que cabe ao Governo encetar as melhores políticas públicas que possam assegurar esses equilíbrios, refere, na mesma nota.
“Da parte que lhe cabe, a Confederação do Turismo de Portugal já está a colocar em prática soluções necessárias. Recorde-se que numa parceria entre a CTP, o Turismo de Portugal e a Agência de Integração de Migrações e Asilo (AIMA), foi lançado o programa ‘Integrar para o Turismo, uma iniciativa que visa a formação e integração profissional de migrantes e beneficiários de proteção internacional no setor do turismo em Portugal. Um programa que oferece aos migrantes, formação técnica e especializada em empresas de hotelaria e restauração, além de estágios práticos em empresas da atividade turística, com o objetivo de qualificar trabalhadores imigrantes para o mercado de trabalho na área do Turismo”, explica Francisco Calheiros.´
Para a CTP, a questão da migração laboral não deve ser penalizada por processos burocráticos desnecessários, que impeçam os vários ramos do Turismo de sobreviver e de crescer, já que com requisitos mais rígidos para residência e nacionalidade, o número de pessoas a entrar oficialmente para trabalhar em Portugal pode diminuir e as empresas do Turismo poderem ter maior dificuldade em recrutar estrangeiros, especialmente em regiões do país mais dependentes deste tipo de contratação.






















































