Chama-se Project Sunrise e é um dos projetos mais ambiciosos dos mais de 100 anos de história da Qantas: ligar Londres e Sydney através de um voo direto. Voar sem escalas entre a capital britânica e a principal cidade australiana é algo inédito e a companhia aérea está há vários anos a estudar esta façanha, prevendo realizá-la em meados de 2026.
O arranque deste voo acontecerá quase 80 anos depois do primeiro voo da Qantas de Syndey para Londres, em dezembro de 1947, quando um Lockheed Constellation australiano levantou voo do aeroporto Kingsford Smith rumo ao Reino Unido com 40 pessoas a bordo, fazendo seis escalas até ao destino final (Darwin, Singapura, Calcutá, Karachi, Cairo e Trípoli). Claro que a substituição dos aviões a hélice a partir de 1959 com a incorporação dos Boeing 707 mudaram a forma de voar, até chegar ao momento atual no qual, graças aos reatores de nova geração, para voar entre as duas cidades apenas é necessária uma escala: Singapura, sendo a rota operada hoje com os Airbus A380, numa duração de 24 horas.
Na altura em que a Qantas arrancou com o voo Heathrow-Perth, o Projeto Sunrise já estava em curso. Em 2022, a Qantas anunciou que para o seu projeto iria encomendar uma dezena de Airbus A350 da família 1000 pois, além de Londres-Heathrow, também quer ligar diretamente Sydney a outros aeroporto de referência mundial, Nova Iorque-JFK.
A característica principal do novo A350-1000 é o número de lugares: O avião pode transportar no máximo 480 passageiros e, em configurações comerciais de três classes, as companhias aéreas optam por montar entre 350 e 410 lugares em três classes. Mas a Qantas decidiu que irá transportar apenas 238 passageiros para oferecer muito mais espaço nestes voos excecionalmente longos. Os aviões terão quatro classes: uma primeira com seis lugares 1-1-1; 52 na business class em 1-2-1; 40 na classe económica premium 2-4-2; e 140 lugares na classe económica 3-3-3.






















































