Lançado o desafio, durante o decorrer deste ano, por Adolfo Mesquita, secretário de Estado do Turismo, para um novo modelo de promoção externa do país a vigorar no próximo ano, este no entanto acabou por ser adiado. No entanto, Frederico Costa,presidente do Turismo de Portugal, indica a ambitur.pt que “não havia estabilidade suficiente ou tempo”.
Para o responsável, que deixará nos próximos dias a direcção do Turismo de Portugal,também “a verdade é que não havia ainda um consenso à volta do que se pretendia, e esta é uma matéria em que é importante ter consenso”. E adianta que“se é só a parte pública a decidir é fácil, nós fazemos, decidimos, mas como éum projecto que será partilhado, em termos de responsabilidade, em termos de financiamento, das pessoas se reverem muito nele próprio, é preciso haver consenso e portanto os consensos demoram, é normal”. Frederico Costa considera que “quando se conseguiu chegar a um consenso sobre a constituição de uma agência nacional ou associação nacional de promoção turística “já seria muito tarde, já colocaria em risco a promoção de 2014 a somar a outros pontos como as eleições das entidades regionais, a própria lei das entidades regionais que se alterou, em que eles têm responsabilidade na promoção em Espanha, portanto alguma promoção internacional ou os problemas do Governo”.
Para Frederico Costa, “Portugal não pode parar em termos de promoção por isso, em vez de arriscarmos num novo modelo, que poderia começar coxo ou não consensualizado ou atrasado, então preferiu-se não avançar”. O actual presidente do Turismo de Portugal indica ainda que se espera que esteja em pleno o novo modelo de promoção já no próximo ano, até porque “dizer que se começa a trabalhar a promoção externa em Janeiro de 2015 é sempre uma falsidade, porque nós começamo sa trabalhar o ano a seguir, em Setembro ou em Outubro”.
No entanto, até lá ainda poderá ser um longo processo, ou seja, todo o essencial ainda estará por se consensualizar. Frederico Costa indica que “este modelo ainda está para ser inventado mas, essencialmente, o que nós queremos, ou o quetoda a gente quer, é uma entidademais dinâmica, mais autónoma, mais orientadapara a comercialização e para as empresas, num espírito mais empresarial do que público e, portanto, esse é o objectivo em que os privados consigam ver ou se identificar melhor, e em que a própria acção seja mais ágil e mais eficaz e eficiente”. Para o actual presidente do Turismo de Portugal, “agora como é quese chega lá, isso é o processo que vai ser feito, através de negociações entre a Confederação e o Secretário de Estado do Turismo”.