O Banco de Portugal publicou um novo subdomínio de informação estatística sobre indicadores económico-financeiros regionais das sociedades não financeiras, concluindo que o decréscimo da rendibilidade do ativo que se observou entre 2019 e 2020 (de 7,6% para 5,9%) foi transversal a todas as regiões do país. Este indicador compara o lucro líquido com os ativos líquidos da empresa, medindo o lucro gerado por cada unidade monetária de ativos; quanto mais elevado, mais eficiente é a empresa.
O decréscimo da rendibilidade do ativo foi mais expressivo no Algarve e na Região Autónoma da Madeira, regiões cujo tecido empresarial está mais dependente do setor do Alojamento e Restauração.
Todas as regiões do país registaram reduções expressivas na rendibilidade do ativo do setor do Alojamento e Restauração e, em 15 das 25 regiões do país, esta foi mesmo negativa. De acordo com os dados do Banco de Portugal, em 2020, 44,5% das empresas apresentaram resultados líquidos negativos (36,9% em 2019). A percentagem de empresas nesta situação aumentou em todas as regiões. Mais de metade das empresas do Algarve e da Região Autónoma da Madeira registaram resultados líquidos negativos (52,2% e 52,5% das empresas, respetivamente).
Apesar disso, no seu conjunto, as empresas continuaram a reforçar os seus capitais próprios e a autonomia financeira (medida pelo peso do capital próprio no balanço) aumentou para 38,1% em 2020 (36,5% em 2019). Foram as empresas com sede na Área Metropolitana de Lisboa que mais reforçaram os seus capitais próprios em 2020. Nesta região, a autonomia financeira das empresas aumentou de 32,5% para 34,8%.






















































