Em outubro de 2023, o setor do alojamento turístico registou 2,9 milhões de hóspedes (+8,7%) e 7,4 milhões de dormidas (+8,5%), gerando 584,2 milhões de euros de proveitos totais (+17,4%) e 441,2 milhões de euros de proveitos de aposento (+18,8%). Comparando com outubro de 2019, continuam a registar-se aumentos mais expressivos, 49,4% nos proveitos totais e 52,2% nos relativos a aposento.
O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 69,6 euros (+14,1%; +38,6% face a 2019) e o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 111,6 euros (+11,0%; +32,4% em relação a 2019). O ADR atingiu o valor mais elevado na AM Lisboa (151,0 euros), seguindo-se o Norte (111,5 euros), o Alentejo (98,5 euros) e a RA Madeira (97,7 euros).
Entre os municípios com maior representatividade no total de dormidas, destaca-se Albufeira (11,1%), que superou os níveis de 2019 (+1%), pela primeira vez desde o início da pandemia, registando aumentos, quer de residentes (+2,8%) quer de não residentes (+0,8%).
No período acumulado de janeiro a outubro de 2023, as dormidas cresceram 11% (+1,6% nos residentes e +15,6% nos não residentes), a que corresponderam aumentos de 20,8% nos proveitos totais e 22,1% nos relativos a aposento (+39,9% e +42,7%, respetivamente, comparando com o mesmo período de 2019). Os proveitos acumulados até outubro ultrapassaram já o total anual de 2022, o que reflete a evolução da procura e dos preços dos serviços prestados.
Considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), registaram-se 28,7 milhões de hóspedes e 76,0 milhões de dormidas no período acumulado de janeiro a outubro de 2023, correspondendo a crescimentos de 13,1% e 10,7%, respetivamente. Comparando com o mesmo período de 2019, as dormidas aumentaram 9,0% (+7,4% nos residentes e +9,8% nos não residentes).
Proveitos de janeiro a outubro de 2023
No período acumulado de janeiro a outubro de 2023, os proveitos totais cresceram 20,8% e os relativos a aposento aumentaram 22,1%. Neste período, os proveitos totais atingiram 5,4 mil milhões de euros e os relativos a aposento ascenderam a 4,2 mil milhões de euros, valores que ficaram já acima do total anual de 2022 e que refletem a evolução da procura e dos preços dos serviços prestados. Comparando com igual período de 2019, continuaram a observar-se aumentos mais expressivos, +39,9% e +42,7%, respetivamente.
Em outubro, a AM Lisboa foi a região que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos (34,3% dos proveitos totais e 36,9% dos proveitos de aposento, respetivamente), seguida pelo Algarve (24,3% e 22,3%) e pelo Norte (17% e 17,8%).
Os maiores crescimentos ocorreram na RA Madeira (+23% nos proveitos totais e +23,7% nos de aposento), no Norte (+22,5% e +23,7%) e na RA Açores (+21,8% e 23,2%). Face a outubro de 2019, continuaram a destacar-se as regiões autónomas (a RA Madeira com +81,1% nos proveitos totais e +91,5% nos de aposento e a RA Açores com +75,6% e +75%, pela mesma ordem).
No período acumulado de janeiro a outubro de 2023, os maiores crescimentos nos proveitos totais e de aposento ocorreram na RA Açores (+27,7% e +29,2%), na AM Lisboa (+26,6% e +28,2%), no Norte (+25,5% e +26,6%, respetivamente) e na RA Madeira (+24,8% e +27,9%). Comparando com igual período de 2019, os maiores aumentos nos proveitos totais e de aposento verificaram-se nas regiões autónomas (RA Açores com +61,9% e +63,7%, respetivamente, e a RA Madeira com +59,2% e +71,3%).
Em outubro, registaram-se crescimentos dos proveitos nos três segmentos de alojamento. Na hotelaria, os proveitos totais e de aposento (peso de 87,6% e 85,9% no total do alojamento turístico) aumentaram 16,7% e 18,1%, respetivamente. Face a outubro de 2019, registaram-se crescimentos de 46,9% e 49,8%, pela mesma ordem.
Nos estabelecimentos de alojamento local (quotas de 8,9% e 10,6%, respetivamente), registaram-se aumentos de 22,6% nos proveitos totais e 22,9% nos proveitos de aposento. Comparando com outubro de 2019, observaram-se crescimentos de 57,2% e 57,4%, respetivamente.
No turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 3,5% nos proveitos totais e nos de aposento), os aumentos foram de 20,9% e 22,4%, respetivamente. Face a outubro de 2019, os proveitos neste segmento mais do que duplicaram (+112,4% e +110,6%, pela mesma ordem).
RevPAR e ADR consolidam crescimento
Os valores de RevPAR mais elevados foram registados na AM Lisboa (117,2 euros) e na RA Madeira (76,1 euros), seguindo-se o Norte (64,7 euros). Os maiores crescimentos ocorreram na RA Madeira (+21,7%), no Algarve (+18,1%) e no Alentejo (+17,7%).
Em outubro, este indicador cresceu 15,1% na hotelaria (+13,5% em setembro), 12,1% no alojamento local (+11% em setembro) e 12,9% no turismo no espaço rural e de habitação (+10,4% em setembro).
No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 111,6 euros, +11,0% em relação ao mesmo mês de 2022 (+10,1% em setembro). Face a outubro de 2019, o ADR cresceu 32,4%. A AM Lisboa registou o valor mais elevado de ADR (151,0 euros), seguindo-se o Norte (111,5 euros), o Alentejo (98,5 euros) e a RA Madeira (97,7 euros). Os acréscimos mais expressivos verificaram-se nas regiões autónomas, +17,3% na RA Madeira e +12,1% na RA Açores, seguindo-se o Algarve (+12%) e o Norte (+11,9%).
Em outubro, o ADR cresceu 11,5% na hotelaria (+10,6% em setembro) e 9,6% no alojamento local (+9% em setembro), atingindo 114,4 euros e 92,1 euros, respetivamente. No turismo no espaço rural e de habitação, o ADR cresceu 7,1% (+6,5% em setembro), atingindo 116,6 euros.
Albufeira ultrapassou, pela primeira vez desde o início da pandemia, os níveis de 2019
O município de Lisboa concentrou 19,6% do total de dormidas em outubro (10,6% do total de dormidas de residentes e 22,5% de não residentes), atingindo 1,4 milhões. Comparando com outubro de 2019, as dormidas aumentaram 10,5% (+5,2% nos residentes e +11,3% nos não residentes).
Albufeira (peso de 11,1%; 4,8% do total de dormidas de residentes e 13,1% de não residentes) registou 814,5 mil dormidas e terá ultrapassado, pela primeira vez desde o início da pandemia, os níveis de 2019 (+1,0% no total; +2,8% nos residentes e +0,8% nos não residentes).
No Porto, registaram-se 596,4 mil dormidas (8,1% do total), representando um acréscimo de 32,0% face a outubro de 2019 (+15,5% nos residentes e +35% nos não residentes).
No Funchal, as dormidas cresceram 30,7% (+65,6% nos residentes e +26,5% nos não residentes) face a outubro de 2019, registando 562,0 mil dormidas (quota de 7,6%).
Face a outubro de 2022, Tavira (1% do total de dormidas) destacou-se com o maior crescimento de dormidas (+19,1%), principalmente de não residentes (+24% e +3,5% nas dormidas de residentes), seguida de Ourém (+18,7% no total; +21,7% nos não residentes e +12,5% nos residentes). Em sentido contrário, verificaram-se decréscimos em Coimbra (-2% no total; +3,7% nos não residentes e -10,3% nos residentes) e Sintra (-0,4% no total; +5% nos não residentes e -9,7% nos residentes).
No acumulado de janeiro a outubro de 2023, face a igual período de 2019 e entre os principais municípios, Vila Nova de Gaia continuou a destacar-se, com um crescimento de 34,1% (+22,2% nos residentes e +42,2% nos não residentes), seguindo-se o Porto (+29,2%; +18,1% nos residentes e +31,4% nos não residentes). Em sentido contrário, os maiores decréscimos continuaram a registar-se em municípios do Algarve, Vila Real de Santo António (-16,1%; -15,8% nos residentes e -16,3% nos não residentes) e Albufeira (-8,9%; -18,1% nos residentes e -6,3% nos não residentes).
Uma última nota para destacar, entre os principais municípios, Porto Santo, Matosinhos e Évora, que foram, no acumulado de janeiro a outubro, os únicos em que as dormidas de residentes assumiram maior expressão do que as de não residentes.