Os dados do World Travel & Tourism Council (WTTC) confirmam-no: o Brasil representa atualmente a 9.ª maior indústria de Turismo do mundo, movimentando, direta e indiretamente, 9,6% do Produto Interno Bruto (PIB) do país – cerca de 110 mil milhões de euros. São mais de 3 milhões de postos de trabalho em mais de 52 áreas de atividade, como hotelaria, alimentação, agências ou serviços de transporte.
Segundo afirmou o ministro do Turismo brasileiro, Henrique Eduardo Alves, “em momentos de crise, temos de procurar novas soluções para retomarmos o crescimento. O turismo pode ser uma excelente oportunidade para economias que passam por momentos difíceis”.
Gastronomia e hotelaria: os pontos fortes
A gastronomia e o alojamento são, segundo o Instituto de Pesquisa Económica Aplicada (IPEA), os dois principais pilares do turismo brasileiro, correspondendo a cerca de 60% da força de trabalho do setor. Ao longo da última década, a valorização da gastronomia regional desencadeou a criação de centenas de festivais gastronómicos e desenvolveu o turismo gastronómico. Este fator, junto ao aumento do tráfego de turistas pelo país – foram mais de 200 milhões de viagens em 2014 –, levou à criação de mais infra-estruturas de alojamento.
De acordo com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), a faturação do setor da alimentação dobrou nos últimos seis anos: passou de 17 mil milhões, em 2009, para 34 mil milhões de euros até meados deste ano. Já a hotelaria, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), tem crescido 7,5% por ano, ao longo dos últimos 10 anos.
Por outro lado, segundo o Ministério do Turismo, a aviação é o meio de transporte mais usado pelos turistas brasileiros (57,5%), consolidando o país como o 3.º maior mercado doméstico de aviação comercial do mundo. De acordo com um estudo da Secretaria de Aviação Civil (SAC), os passageiros estão cada vez mais satisfeitos com os aeroportos do Brasil: a evolução da média geral de satisfação dos passageiros em todos os aeroportos do país passou de 3,75 no segundo trimestre de 2014, para 4,09 no período homólogo deste ano (numa escala de 0 a 5).
