Amancio López, presidente do Grupo Hotusa, afirma que 2023 foi “um dos melhores da história, especialmente na Europa”. O empresário explica, no projeto “3 minutos com o Grupo Hotusa”, que tal se deveu, por um lado, a um desempenho excecional da procura que levou o grupo a bater recordes económicos, tanto em vendas como em resultados. Por outro lado, deveu-se a uma ótima gestão da organização, especialmente na contenção de custos. Tudo isto num ambiente desafiante marcado pela inflação, pelo aumento das taxas de juro e pela escassez de pessoal.
O presidente do Grupo Hotusa acrescenta outras dificuldades que o turismo tem de enfrentar, como a turismofobia ou a homogeneização dos destinos, que contribui significativamente “para a perda da singularidade do que é genuíno em cada destino”. Além disso, destaca outras preocupações como o aumento das tarifas aéreas e as incertezas relacionadas com a segurança e os conflitos militares, fatores que podem influenciar significativamente o futuro do turismo.
Apesar destes desafios, o presidente está otimista e prevê números positivos para o próximo ano: “O futuro imediato inspira confiança, prevemos um abrandamento em 2024, mas esperamos que não difira significativamente dos resultados obtidos em 2023. Para o futuro a médio e longo prazo, o presidente do Grupo Hotusa vê magníficas oportunidades, sobretudo no contexto do “hedonismo pós-pandémico”. A este cenário, junta-se o potencial de grupos como o segmento sénior, com mais tempo e recursos, e o segmento mais jovem que integrou as viagens no seu estilo de vida.
Para concluir a sua intervenção, Amancio López deu especial ênfase ao papel fundamental das pessoas no sucesso das empresas: “O único fator determinante e sustentável ao longo do tempo, diferenciado, que conduz ao sucesso ou ao fracasso são as pessoas organizadas em equipas, capazes de criar organizações eficientes e competitivas, de crescer e evoluir ao longo do tempo”. Conclui que “o futuro não está predeterminado; só dependemos de nós próprios”.
