Em julho de 2025, o setor do alojamento turístico registou 3,4 milhões de hóspedes e 9,4 milhões de dormidas, correspondendo a crescimentos de 4,3% e 3,5%, respetivamente (+2,4% e 3,1% em junho, pela mesma ordem). As dormidas de residentes totalizaram 2,9 milhões, tendo crescido 6,7% (+5,9% em junho). Os mercados externos aumentaram 2,2% (1,9% em junho), atingindo 6,5 milhões de dormidas.
EUA foram o 3º principal mercado emissor em julho
Os 10 principais mercados emissores, em julho, deram origem a 73,8% do total de dormidas de não residentes, com o mercado britânico a manter a liderança (18,2% do total das dormidas de não residentes em julho), registando um acréscimo de 1,8% face ao mês homólogo (-1,1% em junho).
As dormidas do mercado espanhol, o segundo principal mercado emissor em julho (10,6% do total), recuaram 10,0% (-2,2% em junho). Seguiu-se o mercado norte americano, na 3ª posição (quota de 9,5%), com um crescimento de 12,3% (+5,7% em junho) e tomando a posição da Alemanha no período homólogo. As dormidas do mercado alemão, com uma quota de 8,9%, aumentaram 2,6% (+9,1% em junho).
No grupo dos 10 principais mercados emissores em julho, destacou-se ainda o crescimento do mercado polaco
(+14,0%), em aceleração face ao mês anterior. Nos decréscimos, destacaram-se também os mercados francês,
brasileiro e dos países baixos (todos apresentando uma variação de -3,0%).
Alentejo e RA Madeira destacaram-se com os maiores crescimentos de dormidas
Em julho, as dormidas aumentaram em todas as regiões, tendo os maiores crescimentos ocorrido no Alentejo
(+9,8%) e na RA Madeira (+7,2%). Nas regiões da Grande Lisboa e do Algarve os crescimentos foram mais modestos (+1,9% em ambos os casos). O Algarve concentrou 30,8% do total de dormidas, seguindo-se a Grande Lisboa (20,4%).
As dormidas de residentes cresceram em todas as regiões, com exceção da RA Açores (-3,9%). O aumento mais
expressivo na RA Madeira (+48,5%), destacando-se ainda as regiões do Oeste e Vale do Tejo (+11,2%) e do Alentejo (+10,7%), respetivamente.
Em termos de dormidas de não residentes, a exceção foi o Oeste e Vale do Tejo, onde se observou um decréscimo de 1,4%. Os crescimentos mais expressivos foram registados no Centro (+8,2%), na Península de Setúbal e no Alentejo (+7,8% nas duas últimas).
Estada média dos residentes aumentou, mas recuou nas dormidas de não residentes
Em julho, a estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,79 noites) decresceu 0,8% (+0,6% em
junho). Os valores mais elevados deste indicador continuaram a observar-se na RA Madeira (4,70 noites) e no
Algarve (4,25 noites). Nestas duas regiões e na RA Açores (3,23), as estadas médias ficaram acima da média nacional.
As estadias mais curtas ocorreram no Centro (1,99 noites), no Oeste e Vale do Tejo (2,04) e no Norte (2,06).
Em julho, a estada média dos residentes (2,34 noites) aumentou 1,0%, enquanto a dos não residentes (3,07 noites) recuou 1,4%.
A RA Madeira registou a estada média de não residentes mais prolongada (4,97 noites), enquanto os residentes
tiveram estadias maiores no Algarve (3,99 noites).
Taxas líquidas de ocupação-cama e quarto decresceram em julho
As taxas líquidas de ocupação nos estabelecimentos de alojamento turístico recuaram em julho: -1,3 p.p. (+0,4 p.p. em junho) na taxa de ocupação-cama (58,1%) e -0,3 p.p. (+0,4 p.p. em junho) na taxa de ocupação-quarto (66,6%).
A RA Madeira (+2,8 p.p.) e o Alentejo (+0,9 p.p.) foram as únicas regiões com acréscimos na taxa líquida de
ocupação-cama em julho, tendo o maior decréscimo ocorrido na região Centro (-3,0 p.p.). A RA Madeira e o Algarve continuaram a registar as taxas de ocupação-cama mais elevadas (75,6% e 65,9%, respetivamente). Os valores mais baixos foram observados no Centro (36,2%) e no Oeste e Vale do Tejo (42,4%).
Crescimento dos proveitos acelerou face ao mês anterior, em linha com evolução das dormidas
Os proveitos totais atingiram 891,1 milhões de euros e os de aposento ascenderam a 701,6 milhões de euros em
julho, refletindo crescimentos de 10,6% e 9,2%, respetivamente, em aceleração face a junho (+7,6% e +7,9%, pela mesma ordem).
O Algarve foi a região que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos (34,2% dos proveitos totais e 34,3% dos proveitos de aposento), seguida da Grande Lisboa (22,9% e 23,2%, respetivamente) e do Norte (14,1% e 14,2%, pela mesma ordem).
Os aumentos mais expressivos de proveitos ocorreram na RA Madeira (+20,8% nos proveitos totais e +21,9% nos
de aposento) e no Centro (+12,6% e +13,0%, pela mesma ordem). A Grande Lisboa apresentou os crescimentos
mais modestos (+7,9% nos proveitos totais e +2,9% nos relativos a aposento).
RevPAR e ADR aumentaram
No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR)
atingiu 101,1 euros em julho, refletindo um aumento de 5,1% (+5,4% em junho). O rendimento médio por quarto
ocupado (ADR) atingiu 151,8 euros (+5,6%, após +4,8% em junho).
O valor de RevPAR mais elevado foi registado no Algarve (139,4 euros), seguindo-se a RA Madeira (124,9 euros), tendo os maiores crescimentos ocorrido nesta última (+17,6%) e no Centro (+9,0%). Na Grande Lisboa observou-se o crescimento mais modesto (+1,0%).
Os valores mais elevados de ADR registaram-se no Algarve (194,4 euros), na Grande Lisboa (158,8 euros) e na RA Açores (158,0 euros), tendo a RA Madeira apresentado também neste indicador o maior crescimento (+15,3%).
RA Madeira e Lagos com aumentos expressivos nas dormidas de residentes
O município de Lisboa concentrou 16,1% do total de dormidas de julho, atingindo 1,5 milhões (+2,5%, após +0,5% em junho). As dormidas de residentes aumentaram 8,4% e as de não residentes cresceram e 1,6%. Este município concentrou 20,0% do total de dormidas de não residentes em julho.
Albufeira foi o segundo município com maior número de dormidas (1,1 milhões dormidas, peso de 11,7%) e registou um crescimento de 0,2%, após uma quebra de 1,8% em junho. As dormidas de residentes registaram um decréscimo de 10,2% e as de não residentes aumentaram 3,5%. Este município concentrou 13,3% do total de dormidas de não residentes em julho.
No Porto, as dormidas totalizaram 647,6 mil (6,9% do total), refletindo um aumento de 3,9% (+6,6% em junho), em resultado dos crescimentos das dormidas de residentes (+1,1%) e não residentes (+4,4%).
Entre os 10 principais municípios, assinala-se ainda a evolução do Funchal (6,6% do total), +3,6%, em resultado do crescimento expressivo das dormidas dos residentes (+66,6%; -4,5% nos não residentes), bem como a trajetória de crescimento do município de Lagos (2,6% do total), +8,0% (+10,8% nos residentes e +7,7% nos não residentes).






















































