Em agosto de 2025, o setor do alojamento turístico registou 3,8 milhões de hóspedes e 10,7 milhões de dormidas, correspondendo a crescimentos de 0,9% e 1,1%, respetivamente (+4,5% e 3,9% em julho, pela mesma ordem), revelam os dados de hoje do INE. As dormidas de residentes totalizaram 3,8 milhões, tendo crescido 4,1% (+6,9% em julho). Os mercados externos recuaram 0,5% (+2,7% em julho), atingindo 6,9 milhões de dormidas.
EUA destacaram-se com crescimento de 9,8% em agosto
Os 10 principais mercados emissores, em agosto, deram origem a 78,9% do total de dormidas de não residentes, com o mercado britânico a manter a liderança (16,9% do total das dormidas de não residentes em agosto), apesar da quebra de 1,2% face ao mês homólogo (+1,5% em julho).
As dormidas do mercado espanhol, o segundo principal mercado emissor em agosto (15,0% do total), recuaram 9,1% (-8,8% em julho). Seguiu-se o mercado francês, na 3ª posição (quota de 10,9%), com um decréscimo de 4,6% (-2,6% em julho). As dormidas do mercado alemão, com uma quota de 9,4%, aumentaram 1,7% (+2,4% em julho).
No grupo dos 10 principais mercados emissores em agosto, destacaram-se ainda os crescimentos dos mercados norte americano (+9,8%) e canadiano (+8,5%). Nos decréscimos, assinalam-se também os mercados italiano, dos países baixos e irlandês (-6,9%, -5,7% e -4,6%, pela mesma ordem).
Centro foi a única região com decréscimo de dormidas
Em agosto, apenas a região Centro observou uma diminuição nas dormidas face ao mês homólogo (-3,0%), redução que poderá estar associada às circunstâncias decorrentes dos incêndios que afetaram a região nesse período. As restantes regiões registaram crescimentos, tendo os maiores ocorrido na RA Madeira (+3,7%) e na Península de Setúbal (+3,3%). Nas regiões do Oeste e Vale do Tejo e do Algarve os crescimentos foram os menos expressivos (+0,5% em ambos). O Algarve concentrou 30,3% do total de dormidas, seguindo-se a Grande Lisboa (19,3%).
As dormidas de residentes cresceram em todas as regiões, com exceção do Centro (-1,4%) e dos Açores (-0,9%). O aumento mais expressivo foi registado na RA Madeira (+39,6%), destacando-se ainda as regiões da Grande Lisboa (+8,4%) e do Oeste e Vale do Tejo (+5,7%).
Em termos de dormidas de não residentes, as maiores variações positivas observaram-se no Alentejo (+6,9%) e na RA Açores (+2,2%). As maiores quebras registaram-se nas regiões Centro (-5,9%) e Oeste e Vale do Tejo (-4,9%).
Estada média dos residentes aumentou, mas recuou nas dormidas de não residentes
Em agosto, a estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,81 noites) aumentou 0,2% (-0,5% em julho). Os valores mais elevados deste indicador continuaram a observar-se na RA Madeira (4,89 noites) e no Algarve (4,23 noites). Nestas duas regiões e na RA Açores (3,25 noites), as estadas médias ficaram acima da média nacional. As estadias mais curtas ocorreram no Centro e no Oeste e Vale do Tejo (2,01 noites em ambas) e no Norte (2,12 noites).
Em agosto, a estada média dos residentes (2,48 noites) aumentou 1,4%, enquanto a dos não residentes (3,03 noites) recuou 0,2%.
A RA Madeira registou as estadas médias mais prolongadas: 5,12 noites para os não residentes e 4,21 noites para os residentes. O Alentejo foi a única região em que a estada média dos residentes (2,39 noites) foi superior à dos não residentes (2,37 noites).
Taxas líquidas de ocupação-cama e quarto decresceram em agosto
As taxas líquidas de ocupação nos estabelecimentos de alojamento turístico recuaram em agosto: -1,1 p.p. (+0,7
p.p. em julho) na taxa de ocupação-cama (66,8%) e -1,2 p.p. (+0,9 p.p. em julho) na taxa de ocupação-quarto
(73,4%).
A RA Madeira (+1,4 p.p.) e o Algarve (+0,2 p.p.) foram as únicas regiões com acréscimos na taxa líquida de ocupação-cama em agosto, tendo o maior decréscimo ocorrido na região Norte (-2,9 p.p.). A RA Madeira e o Algarve continuaram a registar as taxas de ocupação-cama mais elevadas (76,7% e 76,0%, respetivamente). Os valores mais baixos foram observados no Centro (52,3%) e no Oeste e Vale do Tejo (54,7%).
Crescimento dos proveitos abrandou face ao mês anterior
Os proveitos totais atingiram 1,0 mil milhões de euros e os de aposento ascenderam a 809,6 milhões de euros em agosto, refletindo crescimentos de 6,5% e 5,5%, respetivamente, em desaceleração face a julho (+10,0% e +9,2%, pela mesma ordem).
O Algarve foi a região que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos (36,3% dos proveitos totais e 36,1% dos proveitos de aposento), seguida da Grande Lisboa (19,8% e 20,2%, respetivamente) e do Norte (14,4% e 14,5%, pela mesma ordem).
Os aumentos mais expressivos de proveitos ocorreram na RA Madeira (+13,1% nos proveitos totais e +13,8% nos
de aposento) e no Alentejo (+10,3% e +10,5%, pela mesma ordem). O Centro apresentou os crescimentos mais
modestos (+2,2% nos proveitos totais e +2,0% nos relativos a aposento).
REVPar e ADR aumentaram
No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR)
atingiu 116,8 euros em agosto, refletindo um aumento de 2,6% (+6,5% em julho). O rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 159,2 euros (+4,3%, após +5,0% em julho).
O valor de RevPAR mais elevado foi registado no Algarve (174,9 euros), seguindo-se a RA Açores (130,0 euros), tendo os maiores crescimentos ocorrido na RA Madeira (+10,4%) e no Oeste e Vale do Tejo (+5,1%). Na Grande Lisboa observou-se a maior diminuição (-1,3%).
Os valores mais elevados de ADR registaram-se no Algarve (217,8 euros), no Alentejo (174,8 euros) e na RA Açores (165,9 euros), tendo a RA Madeira apresentado também neste indicador o maior crescimento (+9,2%).
Funchal e Portimão com aumentos expressivos nas dormidas de residentes
O município de Lisboa concentrou 15,2% do total de dormidas de agosto, atingindo 1,6 milhões (+2,8%). As dormidas de residentes aumentaram 12,3% e as de não residentes cresceram 1,5%. Este município concentrou 20,5% do total de dormidas de não residentes em agosto.
Albufeira foi o segundo município com maior número de dormidas (1,2 milhões dormidas, peso de 11,2%), embora com um decréscimo de 0,1%. As dormidas de residentes registaram um decréscimo de 1,4% e as de não residentes aumentaram 0,6%. Este município concentrou 11,9% do total de dormidas de não residentes em agosto.
No Porto, as dormidas totalizaram 727,0 mil (6,8% do total), refletindo um aumento de 3,3%, em resultado dos crescimentos das dormidas de residentes (+8,5%) e de não residentes (+2,6%).
Entre os 10 principais municípios, assinala-se ainda a evolução do Funchal (5,9% do total), que, embora registando uma quebra de 0,2% nas dormidas, registou um crescimento acentuado das dormidas dos residentes (+61,1%), amortecendo o efeito do decréscimo das dormidas de não residentes (-8,7%). De referir também a trajetória de crescimento do município de Portimão (4,5% do total), +3,6%, igualmente impulsionada pelas dormidas de residentes (+18,9%; -6,7% nos não residentes).






















































