Portugal e Espanha são dois países da Europa que mais avanços têm registado ao nível de frequências e de rotas: “Operamos as mesmas que esperávamos antes da pandemia”, disse esta quarta-feira, 16 de março, Thibaud Morand, diretor-geral Europa da LATAM Airlines, numa conferência de imprensa realizada na BTL – Bolsa de Turismo de Lisboa. Em Portugal, a rota diária Lisboa – São Paulo é feita sete vezes por semana.
A grande novidade é a mudança do tipo de aeronave utilizada: “Vamos introduzir o 787-9 a partir de junho”. Esta mudança será feita de forma gradual, pelo que, para já, não operará nas sete frequências: “Esta é uma boa notícia para o mercado português porque, apesar dos altos e baixos, queremos acompanhar a procura com um produto com melhor qualidade”. O novo avião tem capacidade para 300 lugares e vai permitir “melhorar a experiência a bordo: é mais moderno, ecológico, silencioso e consome menos 25%” do que as outras aeronaves utilizadas.
Esta mudança de aeronave tem que ver com o plano de crescimento: “O foco é consolidar as atuais frequências”, destaca Thibaud Morand, alertando para a “incerteza” que ainda existe: “Não permite ter a visibilidade da procura”. Aliás, o verão, neste momento, está com uma procura muito baixa: “O comportamento de compra mudou muito e, hoje em dia, a procura que entra é para voar no fim de abril. Acreditamos que o grosso para o verão vai realizar-se em maio e junho”.
Outra das novidades anunciadas pelo diretor-geral da LATAM Airlines é a nova rota São Paulo – Roma, que será lançada em julho: “Queremos crescer no mercado europeu e continuar a dar conectividade”. Atualmente, são oito as cidades que a LATAM Airlines opera na Europa e, na rota de São Paulo, oferece 36 destinos dentro do Brasil, mais do que o período que antecedeu a pandemia.
O período pandémico que a companhia teve de enfrentar fez com que houvesse uma “adaptação” a todos os níveis, sendo que o primeiro foco se centrou na recuperação dos mercados domésticos, principalmente na América do Sul (Chile, Brasil, Equador e Colômbia). Ao nível internacional, o trajeto tem sido mais lento e causou “grandes mudanças” na forma de trabalhar: “Tivemos que aprender a trabalhar a muito curto prazo”. E esta visão mantém-se: “Pensávamos no início do ano ter uma visão de médio prazo. Chega o tema da guerra na Ucrânia que gera muita incerteza e, novamente, uma visão de curto-prazo”. O foco da LATAM Airlines tem sido na “competitividade dos custos”: “Queremos estimular a procura através de uma oferta de tarifas atrativas”.
Mesmo com visão de curto-prazo, o foco continua em “melhorar cada vez mais a experiência de passageiro em frota”, estando previstos 70 aviões da família 3-20 e 3-21 neo, até 2028: “São aviões que têm consumos menores e com melhor experiência em cabine e digital, oferecendo maior autonomia a quem viaja”.
A sustentabilidade é algo que também está intrínseco na política da companhia: “Queremos ser neutros até 2050”, garante o responsável, estando já está em marcha “a eliminação de plásticos de uso único”, a “introdução de novos produtos a bordo sustentáveis”, bem como um “programa de compensação cooperativo”, que contempla vários projetos de conservação. “Vão ajudar a preservar ecossistemas da América do Sul”, remata.
A BTL, a maior feira de turismo de Portugal, começou esta quarta-feira, 16 de março, e termina no próximo domingo, 20 de março. A FIL (Feira Internacional de Lisboa) volta a ser palco do certame, que não acontecia desde 2019 devido à pandemia da Covid-19.
