Por Francisco Calheiros, Presidente da Confederação do Turismo de Portugal
- Promover e intensificar linhas de diálogo entre gestores e empreendedores, académicos, cientistas, ambientalistas e ativistas, decisores, reguladores, jornalistas e sociedade civil sobre a gestão sustentável do turismo em Portugal. Só o envolvimento de todos permite a mudança;
- Assegurar a realização de estudos e metodologias de avaliação do real impacto da atividade turística nos territórios, bem como uma correta monitorização dos dados obtidos sem cedências a proibicionismos ou extremismos. Mais informação resulta em melhores decisões;
- Analisar e, se for caso disso, reproduzir bons exemplos e boas práticas internacionais no domínio do turismo sustentável. A cópia pode ser tão boa como o original;
- Alimentar uma aliança sólida entre diferentes tipologias de turismo – gastronómico, cultural, religioso, industrial, aventura, saúde e outras – para garantir diversificação de produtos e serviços turísticos que defendam a atividade sem colidir com o ambiente;
- Pugnar pelo desenvolvimento e a melhoria das infraestruturas, dos equipamentos e dos serviços públicos dos territórios. Beneficiar a comunidade e a economia local contribui para um turismo de qualidade sustentável;
- Promover a digitalização e a inovação, que gera eficiências económicas e ambientais e incrementa a produtividade. Combinados estes fatores, os territórios tornar-se-ão mais competitivos e sustentáveis;
- Incentivar a participação ativa das populações, que fortalece o sentimento de pertença, fixa os residentes e valoriza a identidade única das regiões;
- Reforçar programas públicos e linhas de apoio disponíveis para o tecido empresarial desenhadas para ajudar as empresas em áreas como a transição energética e a neutralidade carbónica (através do Banco Português de Fomento, por exemplo);
- Contribuir para a definição de políticas públicas eficazes de mobilidade no turismo, protegendo os recursos naturais e reforço da qualidade de vida das populações locais;
- Mobilizar os turistas para a sustentabilidade, evidenciando que escolhas responsáveis e conscientes se refletem em experiências turísticas mais ricas.
Portugal terá, superados estes desafios, uma grande oportunidade de se afirmar como exemplo indiscutível de equilíbrio entre a preservação do ambiente e o desenvolvimento socioeconómico. Assim haja coragem e empenho, que o planeta agradece.




















































