Esta é a opinião de Rita Marques, secretária de Estado do Turismo, que falou hoje na sessão de abertura de mais um Apecate Day. A governante foi clara: “O plano de desconfinamento tem de ser claro, objetivo, com datas e métricas muito precisas”, isto para que as empresas “possam trabalhar a médio prazo”. Admitindo que no passado houve alguns erros, a responsável não hesita em afirmar que “não podemos incorrer nos meses erros do passado”, mas confirma que houve já um processo de aprendizagem nesse sentido.
Para a responsável da pasta do Turismo, há duas prioridades que nunca são esquecidas: apoiar a manutenção do emprego e as empresas. E recorda que “temos conseguido estancar o desemprego no setor”.
Com dois mil milhões de euros de apoios ao turismo nesta crise pandémica que tem assolado o setor, Rita Marques adianta que a secretaria de Estado do Turismo não tem parado, e têm sido vários os apoios que tem conseguido e sobre os quais continua a trabalhar neste momento. Desde logo o alargamento do apoio à tesouraria sob a forma de subsídio a fundo perdido, com um esforço para aumentar os limites máximos deste apoio, uma medida que será anunciada entre hoje e amanhã, pelo ministro de Estado da Economia e da Transição Digital, afirmou a responsável.
Além disso, “continuamos a trabalhar para reforçar os apoios às nossas empresas, dilatando-os ao longo do tempo”, sendo que a meta agora é setembro de 2021. Algo que confirmou suceder já com o lay-off simplificado e o apoio à retoma, que serão prolongados de junho para setembro. Mas o objetivo é também alargar estes apoios “ao nível da intensidade”, esclareceu.
No que se refere ao plano de retoma e de desconfinamento, a secretária de Estado do Turismo garante que “estamos a trabalhar no plano de retoma para o setor, que estará assente em determinados pilares. Desde logo a recuperação da operação aérea, com um reforço do Programa VIP.pt de modo a permitir que as companhias aéreas possam repor a conectividade de uma forma mais rápida. Por outro lado, uma estimulação da operação turística, fomentando a vinda de operadores turísticos internacionais para Portugal. Outro pilar é apostar num portfólio alargado de produtos turísticos, como por exemplo o enoturismo ou o turismo desportivo, entro outros. Garantiu ainda que está a ser preparada a abertura de atividades turísticas, com o lançamento de um cronograma, por exemplo, para a reabertura das praias.
Já nos que se refere ao selo “Clean and Safe“, criado pelo Turismo de Portugal, em abril de 2020, terminará no próximo mês de abril, mas a secretária de Estado referiu que será relançado em maio de 2021 e que os requisitos serão reforçados para “instigar confiança na retoma”.
Rita Marques admite que “a nossa imagem foi beliscada” com esta nova vaga de Covid-19 mas defende que “temos recuperado os números sanitários e Portugal hoje é o país que melhor responde à Covid”. Garante ainda que “estamos a acionar a nossa diplomacia para sermos retirados de listas vermelhas”, como sucede com o Reino Unido, por exemplo.
Reportando ao setor dos eventos, a governante informou os participantes deste Apecate Day que foi ontem constituída uma Comissão Técnica para os Eventos em Massa, que oferecem maior risco e maior preocupação. Esta comissão é coordenada pelo Dr. António Marques da Silva e irá emitir orientações para um roteiro que identifique regras a privilegiar nas várias tipologias de eventos. Adiantou que esta comissão estará, no dia 18 deste mês, reunida com a Apecate.
Rita Marques assegura que Portugal tem sido cada vez mais competitivo na área dos eventos e que será criado um mecanismo financeiro para o apoio à organização de eventos de interesse turístico, que contribuam para melhorar a imagem do país e das várias regiões.






















































