Quase 10 anos depois de entrar no setor hoteleiro, a Unlock Boutique Hotels continua a expandir a sua operação, dando agora entrada à marca “Essence” que reúne neste momento três unidades: Forrester Essence Douro Hotel, Rosegarden Essence Sintra e Noble House Essence Évora.
Face ao crescimento do portfólio do operador de hotéis boutique de charme, houve necessidade de fazer um “reposicionamento”. “Aquilo que se passava até agora é que cada hotel tinha a sua personalidade, mas andávamos à procura de um nome que depois se transformasse numa marca para os hotéis”, começa por explicar Miguel Velez, CEO da Unlock, ao Ambitur.pt. “E o que nos fez sentido foi criar uma marca condutora”.
Isto significa que a marca poderá ser aplicada em hotéis de raiz novos, em hotéis de lançamento ou em unidades “onde vamos querer trazer uma novidade grande, seja na decoração, seja no tipo de serviço, seja numa renovação ao nível mais estrutural”.
O CEO garante que cada hotel mantém a sua experiência única com “aquilo único que o destino oferece”, podendo aplicar-se a qualquer zona do país. Neste momento, o Rosegarden é uma abertura, o Forrester vem de uma reestruturação profunda e o Noble House é um conceito todo criado pela Unlock.
Miguel Velez não abre o jogo sobre a possibilidade de entrarem mais unidades para esta marca ainda em 2025, referindo que o foco está na promoção dos três hotéis anunciados. Mesmo assim, se surgir a oportunidade, dentro das categorias solicitadas, poderá fazer sentido.
Ao nível dos mercados, os internacionais têm dominado, com destaque para os Estados Unidos, Reino Unido, Espanha e Alemanha. No caso do mercado nacional, tem um papel relevante, essencialmente nas reservas last minute, sendo que em Évora nota-se mais este fenómeno.
Unlock acaba de inaugurar hotel na Ilha do Pico
Acabado de abrir nos Açores, a 1 de julho, o Pico Vineyards “é um super hotel” e por isso as expectativas para o funcionamento do mesmo são igualmente “super”, afirma Miguel Velez. Com vista sobre a montanha, o mar e as típicas vinhas açorianas, “o envolvente é uma coisa absolutamente única”.
Este é um “produto que deseja atenuar a sazonalidade”, e até “por ser tão diferente e tão único naquilo que a experiência oferece, vai captar muitos públicos”. Todavia, o sucesso está dependente do trânsito de aviões e daquilo que serão as rotas diretas na época baixa – mas para já isso não parece ser uma preocupação.
Sendo um boutique hotel inserido no turismo de natureza, espera-se muito a chegada do mercado internacional. Na carteira de reservas para os próximos meses, sendo que as vendas abriram no final do mês de maio, destacam-se os Estados Unidos, Alemanha, Áustria, França e Suíça. Alguns dos clientes já são “tradicionais” da Unlock e procuram sempre conhecer as novidades do grupo.
No que diz respeito ao tempo de estadia, verifica-se uma média de 4 a 5 noites nas reservas efetuadas até ao momento.
10 anos à porta chamam ronda de financiamento
2025 está a ser um ano mais desafiante, confirma o CEO da Unlock, visto que o arranque do ano não foi tão forte como se esperava. Ainda com a expectativa no verão, alguns hotéis estão mais ativos do que outros: “há aqui um comportamento misto a nível nacional e nós temos presença em todo o país”.
No entanto, depois de no ano passado ter sido o melhor de sempre, espera-se que os números de 2025 não fiquem muito longe.
Mas a novidade poderá estar em 2026, ano em que o operador assinala 10 anos no setor hoteleiro, com a entrada de uma nova ronda de financiamento. Apesar de ainda não estar nada fechado, o objetivo será que a Unlock “continue com o mesmo ritmo de crescimento que sempre teve”. “Há uma enorme sintonia entre todos os acionistas para aquilo que é o crescimento da Unlock”, frisa Miguel Velez.
Por Diana Fonseca






















































