Em junho de 2023, o setor do alojamento turístico registou 2,9 milhões de hóspedes e 7,4 milhões de dormidas, correspondendo a crescimentos de 7,1% e 3,7%, respetivamente (+12,2% e +9,9% em maio, pela mesma ordem), segundo os dados divulgados hoje pelo INE. Face a junho de 2019, registaram-se crescimentos de 4,3% nos hóspedes e 3,8% nas dormidas.
Crescimento das dormidas em todos os segmentos de alojamento
As dormidas na hotelaria (81,3% do total) aumentaram 2,4% (+2,3% face a junho de 2019). As dormidas nos estabelecimentos de alojamento local (peso de 14,9% do total) cresceram 10,9% (+6,3% face a junho de 2019) e as de turismo no espaço rural e de habitação (quota de 3,8%) aumentaram 7,0% (+33,5%, comparando com junho de 2019).
Em junho, 14,7% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes (19,0% em maio).
Dormidas de residentes decresceram 6,7% em junho
Em junho, as dormidas no mercado interno diminuíram 6,7%, totalizando 2,2 milhões, e os mercados externos cresceram 8,7%, correspondendo a 5,3 milhões de dormidas.
Face a junho de 2019, registaram-se aumentos de 0,5% nas dormidas de residentes e 5,2% nas de não residentes.
No primeiro semestre de 2023, as dormidas aumentaram 18,8%, +7,7% nos residentes e +24,2% nos não residentes. Comparando com o mesmo período de 2019, as dormidas cresceram 10,7%, +13,2% nos residentes e +9,6% nos não residentes.
No segundo trimestre de 2023, as dormidas aumentaram 8,9% (+8,7% face ao 2ºT 2019). As dormidas de residentes diminuíram 0,2% (+9,4% em relação ao 2ºT 2019) e as de não residentes cresceram 12,9% (+8,4% comparando com o 2ºT 2019).
Mercados norte-americano e canadiano continuam a destacar-se com os maiores aumentos
Entre os 17 principais mercados emissores (87,0% do total de dormidas de não residentes), a Finlândia, os Países Baixos e a Bélgica registaram decréscimos nas dormidas (-19,3%, -3,8% e -1,2%, respetivamente), face a junho de 2022. O Canadá e os Estados Unidos continuaram a ser os mercados que mais cresceram em junho
(+36,2% e +22,2%, respetivamente).
As dormidas de residentes no Reino Unido (20,8% do total das dormidas de não residentes em junho) aumentaram ligeiramente face a junho de 2019 (+0,6%), em abrandamento pelo terceiro mês consecutivo.
Ainda face a junho de 2019, o mercado alemão (quota de 11,2%) diminuiu 2,8%, enquanto o mercado norte-americano (quota de 9,8%) continuou a destacar-se com um crescimento de 60,3%. O mercado francês (quota de 8,0%) diminuiu 6,3%, mas continuou a superar o mercado espanhol (quota de 7,9%), que cresceu 3,8%. Os
mercados canadiano e dinamarquês reforçaram a trajetória de crescimento face a 2019 (+39,7% e +33,3%, respetivamente). Pelo contrário, os maiores decréscimos, que se acentuaram face a maio, observaram-se nas dormidas de hóspedes finlandeses (-28,5%) e brasileiros (-17,7%).
Dormidas no Algarve continuam abaixo dos níveis de 2019
Em junho, registaram-se aumentos nas dormidas em todas as regiões, exceto na RA Madeira (-0,8%), que não registava descidas desde março de 2021. O Algarve concentrou 30,4% das dormidas, seguido da AM Lisboa (24,5%) e do Norte (16,4%).
Comparando com junho de 2019, o Algarve registou novamente um decréscimo (-6,8%, -0,9% em maio). Nas restantes regiões continuaram a registar-se crescimentos, com maior realce no Norte (+17,1%), na RA Açores (+16,7%) e na RA Madeira (+14,3%).
Face a junho de 2019, as dormidas de residentes registaram um decréscimo no Algarve (-17,9%) e na AM Lisboa (-2,5%), sendo que nesta última não se registavam decréscimos, face aos níveis de 2019, desde março de 2022.
A RA Madeira continuou a destacar-se com um crescimento de 33,0%, seguindo-se o Norte (+13,4%).
As dormidas de não residentes continuaram a decrescer no Algarve (-2,9%) e no Centro (-1,8%), face a junho de 2019, destacando-se ainda o maior acréscimo na RA Açores (+25,6%).
Estada média diminuiu em todas as regiões, exceto no Algarve
Em junho, a estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,61 noites) diminuiu 3,1% (-2,0% em maio), face ao mesmo mês do ano anterior. A redução da estada média ocorreu em todas as regiões, exceto no Algarve (+1,6%).
A estada média dos residentes (2,03 noites) diminuiu 5,2% e a dos não residentes (2,95 noites) decresceu 3,8%.
Os valores mais elevados deste indicador verificaram-se na RA Madeira (4,42 noites) e no Algarve (4,00 noites), tendo os mais reduzidos ocorrido no Centro (1,79 noites), no Norte e no Alentejo (ambos com 1,90 noites).
Taxas líquidas de ocupação abaixo dos valores de 2019
A taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico (53,0%) diminuiu 0,6 p.p. em junho (+1,9 p.p. em maio) e ficou 2,2 p.p. abaixo do valor observado em junho de 2019, e, comparando com os níveis de 2019, foi a primeira descida desde setembro de 2022.
Em junho, as taxas de ocupação-cama mais elevadas registaram-se na RA Madeira (69,1%) e na AM Lisboa (61,5%). Os maiores decréscimos neste indicador ocorreram na RA Açores e no Alentejo (-4,6 p.p. e -2,7 p.p., respetivamente), tendo aumentado no Norte (+1,1 p.p.) e no Centro (+0,5 p.p.).
A taxa líquida de ocupação-quarto nos estabelecimentos de alojamento turístico (63,5%) atingiu o mesmo valor de junho de 2022 (+3,3 p.p. em maio), e ficou, também pela primeira vez desde setembro de 2022, abaixo (-0,2 p.p.) dos valores observados em 2019.






















































