A procura direta pelo cliente final por parte dos operadores turísticos e a banalização dos preços dos seus produtos são dois temas que Duarte Correia, diretor geral do Grupo W2M em Portugal, levou ao Airmet Summit, cuja primeira edição aconteceu nos últimos dias em Punta Cunta. Abordando a política comercial das OTAs em Portugal, na distribuição de viagens, o orador indica que, enquanto operador turístico, “não nos cai bem que o nosso produto seja banalizado no mercado, apesar de recebermos exatamente o mesmo. Não gostamos que seja o agente de viagens que defina o preço no mercado. Achamos nós que o preço deverá ser definido por nós”. No entanto, ressalva que “nas portas para dentro, cada um faz o que quer”.
O responsável, na sua intervenção, voltou ao tema mais adiante, sublinhando que, em termos de postura no mercado das OTAs, vão passar a dar alguma indicação ao mercado, sugerindo até onde é que os agentes de viagens devem passar os descontos. “Não devo entrar em detalhe, nós não temos distribuição própria, portanto não há concorrência direta entre o nosso grupo e a rede de distribuição portuguesa”, referiu Duarte Correia, introduzindo outra temática: a venda direta por parte de operadores turísticos no mercado e relembrando aos agentes de viagens esse impacto no seu futuro negócio. “Não temos problema nenhum com isso, enquanto outros grupos, nomeadamente o nosso principal concorrente, tem esse problema, porque estão diretamente na distribuição e vendem o mesmo produto aos clientes e cada vez mais se está a assistir a este tipo de coisas”, afirmou o empresário.
De seguida, de modo mais contundente, Duarte Correia enfatizou que “um produto de um operador concorrente a uma das nossas melhores marcas, nomeadamente a Icárion, que tem um concorrente agora, passou a vender diretamente ao consumidor final. Isto é concorrência desleal. Todos sabem quem é o maior concorrente da Icárion e, pelo que parece, isso não é forma de estar, a partir do momento em que passamos a vender ao cliente final, o caso está arrumado”.
Sintetizando, considera o responsável empresarial e associativo que “cabe a cada um orientar o seu negócio da melhor forma. Se é venda direta, por redes sociais, não nos diz respeito. Onde não estamos muito confortáveis é que o nosso produto seja banalizado, ou seja, que o preço seja definido pelo agente de viagens e não pelo operador”.
Por Pedro Chenrim, no 1º Airmet Summit, na República Dominicana.
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