A Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) participou, de 4 a 6 de novembro, na IV Cimeira da Aliança Ibérica de Agências de Viagens, que decorreu em Elvas, na região do Alentejo. Na ocasião as associações trocaram notas sobre as respetivas negociações realizadas com a IATA e que tiveram resultados diferentes: enquanto Portugal chegou a acordo com a associação de transporte aéreo, em Espanha isso não foi possível.
A APAVT aproveitou a ocasião para apresentar o seu sistema de selo de garantia «Checked by DECO» que a CEAV considerou de “grande interesse, propondo-se começar a trabalhar na criação de um sistema semelhante em Espanha”, de acordo com comunicado. Da mesma forma, a associação portuguesa, que pertence à ECTAA, analisou as alterações que estão a ser estudadas na União Europeia no que respeita à diretiva relativa às viagens organizadas.
Por último, dada a coincidência desta cimeira com a XXXIII Cimeira Luso-Portuguesa, na qual o Ministro da Indústria, Comércio e Turismo, Reyes Maroto, e o Ministro da Economia e do Mar de Portugal, António Costa Silva, acordaram numa Estratégia Transfronteiriça de Turismo 2022-2024, com o objetivo de promover investimentos em destinos e experiências turísticas de ambos os lados da linha luso-espanhola, ficou acordado que a APAVT e a CEAV estudassem as possibilidades comuns desta estratégia, apresentando, além disso, as possibilidades atuais de colaboração no que respeita aos Fundos Europeus, tendo a CEAV apresentado à APAVT um relatório sobre as possibilidades de cooperação entre os dois países, principalmente nas zonas fronteiriças de Espanha e Portugal.
A Aliança Ibérica de Agências de Viagens foi fundada em 2018, através de um acordo assinado entre a APAVT e o CEAV que, em conjunto, representam mais de 80% do negócio de distribuição turística na Península Ibérica.
Para Carlos Garrido, presidente do CEAV, “a celebração desta cimeira anual é uma oportunidade para os dois países abordarem e promoverem conjuntamente a sua política turística, bem como enriquecer os vários pontos de vista sobre questões comuns”.
Para Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT, “A Aliança Ibérica, entre outros aspectos, visa construir posições e políticas associativas que, por serem comuns a Espanha e Portugal, produzem maior capacidade de influência e maior espaço de intervenção. Conseguir que isto aconteça requer proximidade, cumplicidade e debate franco e aberto. A IV Cimeira da Aliança Ibérica foi mais um degrau desta aprendizagem conjunta, que nos tem trazido mais informação, mais conhecimento e maior capacidade de intervenção”.
