Em maio de 2025, o setor do alojamento turístico registou 3,2 milhões de hóspedes e 7,8 milhões de dormidas, correspondendo a crescimentos de 2,6% e 1,3%, respetivamente (+8,4% e +8,9% em abril, pela mesma ordem), de acordo com os dados divulgados hoje pelo INE. As dormidas de residentes totalizaram 2,0 milhões, tendo crescido 5,9% (+12,2% em abril). Os mercados externos decresceram 0,2% (+7,7% em abril), atingindo 5,8 milhões de dormidas.
Estados Unidos destacaram-se com crescimento de 6,0% em maio
Os 10 principais mercados emissores, em maio, representaram 75,8% do total de dormidas de não residentes, com o mercado britânico a manter a liderança (19,4% do total das dormidas de não residentes em maio) e com um crescimento de 1,2% face ao mês homólogo.
As dormidas do mercado alemão, o segundo principal mercado emissor em maio (10,9% do total), registaram um decréscimo de 7,7%. Seguiu-se o mercado norte americano, na 3ª posição (quota de 10,8%), com um crescimento de 6,0%.
No grupo dos 10 principais mercados emissores em maio, destacaram-se ainda os crescimentos apresentados pelos mercados italiano (+5,6%) e canadiano (+4,2%). Nos decréscimos, destacou-se a variação do mercado brasileiro (-11,6%).
Norte e Centro destacaram-se com os maiores crescimentos das dormidas
Em maio, os maiores aumentos nas dormidas ocorreram no Norte (+6,6%) e no Centro (+5,6%). As regiões do Algarve e da Grande Lisboa apresentaram decréscimos (-3,1% e -0,7%, respetivamente). O Algarve concentrou 25,8% do total de dormidas, seguindo-se a Grande Lisboa (24,1%).
As dormidas de residentes registaram aumentos mais expressivos na RA Madeira (+31,9%), destacando-se ainda as regiões do Norte e do Centro com crescimentos de 7,5% em ambas. Em sentido contrário, o Algarve e a RA Açores apresentaram decréscimos, -3,0% e -2,1%, pela mesma ordem.
As dormidas de não residentes registaram crescimentos mais expressivos na RA Açores (+8,5%) e no Norte (+6,2%), enquanto no Algarve (-3,1%) e no Oeste e Vale do Tejo (-2,4%) observaram-se os maiores decréscimos.
Estada média reduziu em maio
Em maio, a estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,44 noites) diminuiu 1,3% (+0,4% em abril). Os valores mais elevados deste indicador continuaram a observar-se na RA Madeira (4,35 noites) e no Algarve (3,68 noites), tendo as estadias mais curtas ocorrido no Centro (1,62 noites) e no Oeste e Vale do Tejo (1,69 noites).
Em maio, as estadas médias aumentaram 1,2% nos residentes (1,83 noites) e reduziram 1,8% nos não residentes (2,77 noites).
A RA Madeira registou as estadas médias mais prolongadas, quer dos não residentes (4,67 noites) quer dos residentes (3,24 noites).
Taxas líquidas de ocupação-cama com ligeiro decréscimo em maio
A taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico (52,3%) reduziu em maio (-0,5 p.p., após +2,9 p.p. em abril), enquanto a taxa líquida de ocupação-quarto (64,7%) registou um crescimento de 0,5 p.p. (+2,5 p.p. em abril).
Os maiores crescimentos da taxa líquida de ocupação-cama registaram-se no Centro (+0,9 p.p.) e na RA Madeira (+0,6 p.p.). Em sentido contrário, os maiores decréscimos ocorreram nas regiões da Grande Lisboa e do Alentejo, -1,2 p.p. em ambas. As taxas de ocupação-cama mais elevadas foram observadas na RA Madeira (72,3%), seguida da Grande Lisboa (64,2%), enquanto as mais baixas ocorreram no Centro (33,9%) e no Alentejo (35,3%)
Proveitos continuaram a crescer
Os proveitos totais atingiram 717,0 milhões de euros e os de aposento ascenderam a 550,6 milhões de euros em maio, refletindo crescimentos de 8,7% nos proveitos totais e de 8,9% nos relativos a aposento (+12,6% e +13,8% em abril, pela mesma ordem).
A Grande Lisboa foi a região que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos (31,9% dos proveitos totais e 34,0% dos proveitos de aposento), seguida do Algarve (22,5% e 20,7%, respetivamente) e do Norte (17,5% e 18,3%, pela mesma ordem).
Os aumentos mais expressivos de proveitos ocorreram nas Regiões Autónomas da Madeira (+21,1% nos proveitos totais e +21,3% nos de aposento) e dos Açores (+14,7% e +17,2%, pela mesma ordem). O Algarve apresentou os crescimentos mais modestos (+3,8% nos proveitos totais e +4,2% nos relativos a aposento).
RevPAR e ADR aumentaram
No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) atingiu 83,4 euros em maio, registando um aumento de 6,7% (+10,9% em abril). O rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 128,9 euros (+5,8%, após +6,3% em abril).
O valor de RevPAR mais elevado foi registado na Grande Lisboa (142,7 euros), seguindo-se a RA Madeira (108,1 euros). Os maiores crescimentos observaram-se na RA Madeira (+18,5%) e no Centro (+13,5%). Tal como no RevPAR, os valores mais elevados de ADR registaram-se na Grande Lisboa (174,8 euros) e na RA Madeira (130,9 euros), tendo esta última apresentado o maior crescimento neste indicador (+17,1%).
Porto destacou-se com crescimento de 5,3% em maio
O município de Lisboa concentrou 19,5% do total de dormidas de maio, atingindo 1,5 milhões (+0,1%, após +3,6% em abril). As dormidas de residentes aumentaram 3,6% e as de não residentes diminuíram -0,5%. Este município concentrou 22,9% do total de dormidas de não residentes em maio.
Albufeira foi o segundo município com maior número de dormidas (752,6 mil dormidas, peso de 9,6%) e registou uma quebra de 8,5% (+3,6% em abril). As dormidas de residentes registaram um decréscimo de 18,3% e as de não residentes diminuíram 7,1%. Este município concentrou 11,5% do total de dormidas de não residentes em maio. No Porto, as dormidas totalizaram 655,0 mil (8,4% do total), refletindo um aumento de 5,3% (+11,4% em abril), em resultado dos crescimentos de residentes (+4,2%) e não residentes (+5,5%).
Entre os 10 principais municípios, assinala-se ainda a trajetória de crescimento em alguns municípios do Algarve, em resultado da dinâmica dos residentes: Portimão (3,4% do total), +1,2% (+18,1% nos residentes e -1,8% nos não residentes); Lagoa (2,2% do total), +0,8% (+7,7% nos residentes e -0,1% nos não residentes); Lagos (2,2% do total), +0,6% (+12,8% nos residentes e -0,5% nos não residentes).






















































