Pompeia é dos poucos lugares no mundo que ainda se pode caminhar por dentro da História – intacta, preservada, impactante, quase como dar um salto no tempo. Engolida por uma erupção do vulcão Vesúvio em 79 d.C., esta cidade romana atrai milhões de visitantes todos os anos. Em quatro dias, a Ambitur, a convite da Eurostars, rumou até Nápoles, a 20 minutos de distância de Pompeia, e teve oportunidade de percorrer este lugar.

Antes de mais, (e com uma pontada de desilusão) destruímos um dos fascínios que tornava Pompeia tão interessante – os corpos conservados pelas cinzas da erupção. Na realidade, não são corpos reais, mas sim moldes de gessos de alta resolução feitos a partir dos espaços vazios deixados pela decomposição dos corpos. Os arqueólogos foram sim capazes de recriar posições e gestos das vítimas da erupção nos seus momentos finais.
Porém, não podemos deixar o desencanto desvanecer já – Pompeia é, principalmente para os amantes de História, uma verdadeira viagem no tempo, uma oportunidade de observar marcas do passado tão bem conservadas que nos faz transportar por entre murais intactos, anfiteatros de tirar o fôlego e por ruínas que escondem os segredos da Antiguidade Clássica.
Atingida pela erupção do vulcão Vesúvio em 79 d.C., esta cidade ficou debaixo de quatro a seis metros de cinzas, que permitiram uma grande conservação da mesma, trazendo até a possibilidade de se encontrarem mais de 1.000 corpos, num local onde se acreditava viverem mais de 10 mil pessoas. Mesmo assim, apenas cerca de dois terços de Pompeia foram escavados até à atualidade, existindo ainda uma parte da cidade que está “escondida”.
Mesmo assim, a parte descoberta permitiu reconstruir uma grande parte da História romana, percebendo os seus hábitos diários e até o que comiam. E é excecional o que se pode saber sobre esta civilização – por exemplo, os romanos já realizavam serviços de comida take-away/fast food! Achava também que era uma ideia dos nossos tempos? Pois, desengane-se. Os romanos já estavam bem à frente.
Os mais de 4 milhões de visitantes por ano (números de 2023), procuram na cidade de Pompeia alguns marcos históricos como um dos mais antigos anfiteatros do mundo romano, a Casa dos Vettii, com frescos impressionantemente preservados, o Fórum, que era o centro político e social da cidade, e as os banhos públicos, que faziam parte da convivência romana.
Este laboratório vivo de arqueologia, que apenas foi descoberto cerca de 1.700 anos depois da erupção, pede dedicação e tempo – dependendo do ritmo de cada pessoa, o tempo de visita poderá variar de 3 a 5 horas. Mas está tudo pensado: é possível comprar um passe de três dias que permitirá conhecer Pompeia com calma e desfrutar de cada pedra, coluna e pintura (por 26 euros). A visita diária completa tem um custo de 22 euros e a meia-visita 18 euros. Visitantes até aos 18 anos não pagam e ainda existem preços reduzidos para outras condições.
É ideal visitar Pompeia em dias sem chuva, pois a maior parte do percurso é ao ar livre. Por ser uma visita extensa, recomenda-se evitar também dias de grande calor pela falta de sombras. Considere calçado confortável, protetor solar e muita água.
Por Diana Fonseca, a convite da Eurostars, em Nápoles
Ler mais sobre Nápoles aqui:
Nápoles: Uma cidade onde a tradição se molda na “fúria” do vulcão Vesúvio






















































