Thierry Ligonnière, CEO da ANA Aeroportos de Portugal, esteve hoje na sessão “Grandes desafios do turismo português” do 47º Congresso da APAVT, que decorre em Ponta Delgada até dia 11. O responsável começou por afirmar que, desde 2014, a ANA tem registado uma taxa de crescimento bastante elevada no Aeroporto de Lisboa, algo que apenas foi possível porque “aumentámos o nível de eficiência do aeroporto para níveis recorde”. Acrescentou que, juntamente com o Aeroporto de Gatwick, Lisboa “é o aeroporto mais eficiente”.
Questionado sobre o que é ainda possível nesta infraestrutura, Thierry Ligonnière reconhece este “desafio da capacidade” mas sublinha que “conseguimos criar capacidade através da melhoria da eficiência operacional, da qualidade do serviço e do desempenho ambiental”.
O gestor garantiu que tudo está já feito a nível do projeto de execução, num investimento entre os 200 e os 300 milhões de euros, para melhorar o Aeroporto de Lisboa.
O gestor garantiu que tudo está já feito a nível do projeto de execução, num investimento entre os 200 e os 300 milhões de euros, para melhorar o Aeroporto de Lisboa. Nomeadamente, a criação de um novo pier, nova placa de estacionamento ou mais 10 portas de embarque farão parte deste investimento, que Thierry Ligonnière afirma ser “um salto importante” para esta infraestrutura aeroportuária, permitindo “uma melhoria adicional”.
O orador acrescentou que não é só a ANA a procurar dar este “salto”, já que também a NAV está a fazer “um salto tecnológico, a evoluir em matéria de sistemas”, reconhecendo que “estas melhorias que vai poder entregar vão ser fulcrais para darmos este salto adicional”.
Inevitavelmente, a questão de um novo aeroporto de Lisboa surgiu no debate e Thierry Ligonnière lembrou, desde logo, que esta primeira fase de expansão da infraestrutura poderá arrancar, a nível de obras, no final de 2023, estando os cadernos de encargo já prontos. Quanto à solução de um novo aeroporto, “vai depender da solução escolhida”. Mas acredita que “é precisa muita objetividade na análise das diferentes opções em avaliação”, apelando a que “haja uma resposta objetiva a todas as perguntas que condicionam a exequibilidade do projeto”. E, claro, “em função da escolha, o tempo de execução não é mesmo”.
Quanto à solução defendida pela ANA, o CEO é perentório: “A ANA fará o que o Governo decidir”.
Por Inês Gromicho, no 47º Congresso da APAVT, em Ponta Delgada.
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