Esta foi uma das mensagens passadas por Filipe Silva, vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal, um dos oradores da sessão “Os grandes desafios do turismo português” do 47º Congresso da APAVT, que decorre em Ponta Delgada. O responsável afirmou que nenhuma das rotas atuais do Aeroporto de Lisboa está a 100% pelo que “compete-nos trabalhar com as companhias aéreas, os operadores turísticos e as agências de viagens para preencher o remanescente da capacidade aérea”. Ou seja, “existe ainda capacidade por preencher nas operações que já existem no Aeroporto de Lisboa”, frisou.
Além disso, Filipe Silva abordou a questão das operações internacionais que “tocam” no Aeroporto de Lisboa mas cujo destino final é outro. E defendeu que o Turismo de Portugal, em conjunto com a ANA Aeroportos de Portugal, tem que tentar perceber, dentro de uma operação que venha do Brasil, EUA ou Europa para a América, qual a percentagem de pessoas que, num determinado voo, ficam em Lisboa, e quantas vão para o destino final. “É importante para trabalharmos em termos de promoção e conseguirmos reter esses passageiros, através de um programa de stopover ou de outro tipo de solução, para termos essa capacidade de reter mais passageiros e mais dias em Portugal”.
O que significa que, mesmo dentro das limitações atuais do Aeroporto de Lisboa, “há capacidade para crescer do ponto de vista do turismo e aeroportuário”. Por isso, defende que “vamos trabalhar com o que temos”, até porque a decisão quanto a um novo aeroporto “ainda vai demorar”.
Por Inês Gromicho, no 47º Congresso da APAVT, em Ponta Delgada.
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