António Costa reafirmou hoje que a construção do aeroporto no Montijo é para avançar e agradeceu aos franceses da Vinci a aposta no projeto, que mostra uma “grande confiança no futuro” do país. O Primeiro Ministro falava no final de uma visita ao aeroporto internacional de Lisboa, já depois de o presidente da Vinci, Nicolas Notbaert, ter declarado que, apesar da situação de crise no setor por causa da pandemia de covid-19, a multinacional tenciona manter todos os investimentos que projetou para Portugal, incluindo o novo aeroporto do Montijo.
Para o governante, essas palavras do empresário francês representaram “um gesto de confiança no futuro do país, em particular no setor do turismo e no conjunto da economia”. “Num momento de grande incerteza, quando a esmagadora maioria dos aviões está em terra e quando o tráfego aeroportuário caiu de forma radical, o compromisso firme da Vinci de afirmar que se vai mesmo avançar com a construção do novo aeroporto no Montijo é um gesto de confiança no futuro do país”, reforçou.
António Costa disse ainda que essa posição da multinacional francesa constituiu também “um sinal de confiança na capacidade de se vencer coletivamente o [novo coronavírus] e de se relançar a economia”.
“O futuro será seguramente diferente daquilo que foi o passado, mas o futuro vai contar com o novo aeroporto do Montijo. Esse gesto de confiança é da maior importância”, insistiu António Costa, tendo a ouvi-lo o presidente da ANA, José Luís Arnaut e os ministros da Economia, Pedro Siza Vieira, e das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos.
Antes, num discurso com partes em português e em inglês, o presidente da Vinci considerou que Portugal “foi uma referência” na forma como impediu a propagação do novo coronavírus, salientou a ausência de infetados no aeroporto de Lisboa e colocou como objetivos cimeiros da sua multinacional “proteger empregos e, sobretudo, proteger os clientes”. Nicolas Notbaert garantiu ao Primeiro Ministro que será “cumprido o compromisso de avançar para o aeroporto do Montijo” e para “concluir os investimentos previstos, apesar da fase que o setor da aviação está a atravessar”.