A igreja de São Francisco é o monumento mais visitado de Évora e tem-se vindo a assumir enquanto referência cultural e turística, sobretudo após a abertura de novos espaços musealizados no remanescente conventual.
Num primeiro momento a popularidade de São Francisco foi largamente potenciada pela natureza singular da Capela dos Ossos, revestida integralmente por ossadas humanas, ali colocadas no século XVII, com uma dupla função decorativa e catequética. Contudo, como resultado da campanha de obras de reabilitação de 2014/15, é cada vez mais procurada pelo seu todo.
A igreja, concluída nos primeiros anos do século XVI, impressiona pela dimensão da fachada e da galilé, sugerindo logo a grandiosidade do espaço interior e a extraordinária proporção da nave única, com seis capelas intercomunicantes de cada lado. Destaque para a grande variedade de altares, de objetos devocionais e para os espaços da Irmandade da Penitência da Ordem Terceira , que se desenvolvem no alçado norte, por constituírem um verdadeiro exemplo do conceito de Arte Total. Do Convento resta apenas um troço do claustro quatrocentista e a contígua ala de dois pisos, fundada no século XVI.
A Casa do Capítulo, antigo lugar de reunião dos monges, por onde agora se faz o ingresso para os núcleos musealizados, compreende os azulejos revivalistas da década de 1930, com as 14 estações da Via Sacra, e um interessante altar resultante da adaptação de uma rara maqueta arquitetónica do século XVIII.
A Capela dos Ossos, indissociável do famoso título “Nós ossos que aqui estamos pelos vossos esperamos” anuncia, logo à entrada, a sua missão enquanto espaço de reflexão sobre a condição humana e de aceitação da morte como inseparável da vida.
A sala da Tribuna Real, com uma janela geminada de mármore branco, foi o local de onde, no século XVI, o monarca assistia aos ofícios religiosos.
O Núcleo Museológico constituído por cerca de uma centena de peças, maioritariamente de arte sacra, percorre a história do convento e do devocional franciscano.
A Coleção de Presépios Canha da Silva mostra cerca de 500 presépios de todo o mundo. Instalada nas duas galerias sobre as capelas laterais da igreja e no terraço sobre a galilé, oferece também uma vista única sobre a cidade, destacando-se o jardim projetado em finais do século XIX por José Cinatti, onde se conserva uma ala do antigo Paço Real, chamado de Palácio D. Manuel.
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