A AHETA acaba de divulgar os dados relativos aos estabelecimentos de alojamento turístico no Algarve em fevereiro de 2022.
A taxa de ocupação global média/quarto foi de 40,2%, 3,1 pontos percentuais abaixo do verificado em fevereiro de 2019 (-7,2%). Em termos acumulados, desde o início do ano, este indicador encontra-se 26,0% abaixo (-11,3pp) do verificado no período homólogo de 2019. Já a taxa de ocupação global média/cama foi de 29,9%, 3,5pp abaixo da verificada em fevereiro de 2019 (-10,4%).
A taxa de ocupação aproximou-se do valor médio para este mês. A subida de 770% relativamente a fevereiro de 2021 corresponde a uma descida de -10,4%, relativamente ao mesmo mês de 2019. A variação homóloga verificada é justificada pela pandemia provocada pelo vírus COVID-19, cujo impacto na hotelaria começou a sentir-se no início do mês de março de 2020. A taxa de ocupação média nos últimos 12 meses quedou-se nos 37,7%.
Face ao mês homólogo de 2019, as maiores subidas foram registadas nas zonas de Lagos / Sagres (+13,0pp, +54,1%) e Tavira (+10,6pp, +35,1%). As principais quebras ocorreram em Monte Gordo / VRSA e (-20,4pp, -39,5%), Carvoeiro / Armação de Pera (-12,3pp, -28,0%) e Albufeira (-12.1%, -26,5%). A zona de Faro / Olhão foi a que registou a taxa de ocupação mais elevada,57,7%, enquanto a mais baixa ocorreu na zona de Monte Gordo / VRSA, com 31,3%.
Por categorias, as principais descidas verificaram-se nos hotéis e aparthotéis de 4* (-10,2pp, – 25,0%) e nos aldeamentos e apartamentos turísticos de 3* (-3.0pp, -5,9%). Os hotéis e aparthotéis de 3 e 2* registaram uma subida de 9,2pp (+25,5%) e os de 5* de 5,9pp (+14,3%). Os aldeamentos e apartamentos turísticos de 5 e 4* foram os que registaram a taxa de ocupação mais alta (26,9%). A ocupação mais baixa ocorreu nos hotéis e aparthotéis de 4* (21,0%).
Face a 2019, alguns mercados registaram subidas, nomeadamente o nacional (+1,0pp, +20,8%) o espanhol (+0,4pp, +29,2%) e o francês (+0,3pp, +19,2%). As maiores descidas foram as do Reino Unido (-1,7pp, -18,7%) e Alemanha (-1,5pp, -36,8%). De janeiro a fevereiro, o Reino Unido é o mercado com a maior descida acumulada (-11,6pp, -71,3%) seguido pela Alemanha (-4,0pp, -73,3%) e Países Baixos (-2,1pp, -59,2%).
Em fevereiro, a maior fatia das dormidas coube aos turistas britânicos com 25,8%, seguidos pelos portugueses (19,7%), holandeses (14,3%) e alemães (8,7%). Relativamente ao número de hóspedes os portugueses lideraram com 32,5%, seguidos pelos britânicos (19,5%), espanhóis (12,2%) e franceses (6,7%).
Durante o mês, a estadia média por pessoa situou-se nas 3,8 noites, menos 0,5 que no período homólogo de 2019. Os holandeses, com 8,9 noites, registaram as estadias mais prolongadas, seguidos dos canadianos (8,3), noruegueses (8,1) e suecos, com 6,4 noites. A estadia média dos turistas portugueses foi de 2,3 noites, mais 0,1 que o verificado em 2019.
Em fevereiro, o peso das reservas através de operadores turísticos tradicionais foi de 30,0%, acima do valor das reservas através de OTAs (29,7%). As reservas realizadas diretamente nas unidades de alojamento ou nos respetivos sites totalizaram (39,4%).
Durante o mês de fevereiro, os turistas nacionais representaram o maior número de hóspedes em quase todas as zonas com exceção de Vilamoura / Quarteira / Quinta do Lago e Monte Gordo / VRSA, onde a liderança coube aos britânicos e espanhóis, respetivamente. Relativamente ao número de dormidas, os holandeses foram o principal mercado nas zonas de Monte Gordo / VRSA e Albufeira e os britânicos no município de Loulé e nas zonas
compreendidas entre Portimão e Sagres. Nas restantes zonas o maior número de dormidas foi de turistas nacionais.
Os britânicos representaram o maior número de hóspedes e de dormidas nos aldeamentos e apartamentos turísticos de 5 e 4* e o maior número de dormidas nos hotéis e aparthotéis de 5*. Nas restantes categorias, o mercado nacional foi o mais importante.
Em janeiro de 2022, o número médio de voltas por campo (18 buracos) foi de 2.070, 7,4% abaixo do registado no mês homólogo de 2019 e 197% acima de 2021. Em termos acumulados, nos últimos seis meses, o número de voltas por campo estava 4,2% abaixo do verificado no período homólogo de 2019.
A AHETA estima ainda que o movimento de passageiros no aeroporto de Faro, em fevereiro, terá sido de cerca de 185 mil passageiros, o que corresponde a uma descida de 40% face ao mesmo mês de 2019. Em valores acumulados, desde o início do ano, o movimento de passageiros regista uma descida face ao período homólogo de 2019 de -43%, o que corresponde a menos 245 mil de passageiro.
O Reino Unido, com 41% dos passageiros movimentados, foi a origem/destino mais importante, seguido da Alemanha (13%), França e Portugal (12%) e Holanda (9%).
As maiores variações face a 2019 ocorreram nos passageiros de e para o Reino Unido (-56.102 passageiros), Alemanha (-7.914) e Portugal (-3.094).