No seguimento do protesto da FESAHT – Federação dos Sindicatos da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal, no decorrer do 32º Congresso Nacional da Hotelaria e Turismo, a Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) esclareceu, em comunicado que, esteve sempre disponível para negociar, e que aguarda a marcação de uma nova reunião por parte do Ministério do Trabalho.
Recorde-se que entre a AHP e a FESAHT existe um Contrato Coletivo de Trabalho desde 1983, sendo a última revisão de 2008.
Foi dado início à revisão desse contrato em 2012, no entanto, ao fim de quaro anos de tentativas de aproximação, foi reconhecido que não era possível chegar a consenso e recorreu-se ao mecanismo previsto na lei: mediação na DGERT, entidade do Ministério do Trabalho. Também aí o processo está a correr desde 2016, tendo sido interrompido durante estes últimos quase dois anos, em razão da pandemia, explica a associação, na mesma nota.
A AHP frisa que “a celebração de um Contrato Coletivo de Trabalho exige muito mais do que a revisão das tabelas salariais. Os salários que estão a ser praticados na Hotelaria são já superiores aos fixados nas tabelas dos sindicatos. As condições e termos do exercício da função são igualmente valorizadas pelos trabalhadores e empregadores. É aí que se pretende chegar: equilíbrio e valorização das profissões turísticas”.
E salienta que “está sempre disponível para negociar, pelo que é falso que se recuse a fazê-lo, como afirma a FESAHT. A associação encontra-se neste momento a aguardar a marcação da reunião com o mediador do Ministério do Trabalho, onde terão de ser ponderadas se e como poderão prosseguir as negociações”.