Além da necessidade de criar uma oferta cultural e diversificada ao longo do país, de modo a atingirmos um público estrangeiro da classe média-alta, André Jordan, impulsionador da Quinta do Lago, também indica que é necessária a criação de zonas satélites dos principais pólos do país, por exemplo, em relação a Lisboa. Numa entrevista que deu esta semana ao Sol, o responsável ainda destaca que “não temos, neste momento, informação suficiente do que é a oferta para poder avaliar o que é o mercado”.
“Temos de desenvolver um mercado que atinja a classe média-alta em Portugal como uma base de segurança, conforto e cultura também. É muito importante desenvolver o lado cultural em vários sítios. Por exemplo, em Vilamoura criámos, no mês de março, que já vai no 10º ano, o Atlantic Tour, que é o maior da Europa e acontece fora de temporada. Trazem 800 cavalos e 1200 pessoas em fevereiro e março para Vilamoura e há concursos diários. Diariamente essas pessoas dormem nos hotéis, comem nos restaurantes e compram nas lojas. É preciso reforçar muito a atração cultural”, indica André Jordan. Para o entrevistado, “não sei bem o que vai ser do imobiliário porque não sei qual é a oferta. Sei é que temos de criar uma oferta para atrair também as empresas a continuarem a trazer as suas sedes operacionais para cá, os bancos, por exemplo. É importante que existam zonas satélites, como por exemplo o arco ribeirinho sul – na Margem Sul – ou para norte, em Alenquer, projetos que integram habitação, prédios de escritórios, comércio, zona para indústrias tecnológicas, coisas muito importantes que empregam mão-de-obra portuguesa, nos escritórios. Agora não temos, neste momento, informação suficiente do que é a oferta para poder avaliar o que é o mercado”.