De acordo com o relatório “The Evolution of Airports: A Flight Path to 2050”, elaborado pela Oliver Wyman, em colaboração com o Airports Council International (ACI) World e o Sustainable Tourism Global Centre (STGC), os avanços tecnológicos em matéria de biometria, inteligência artificial e automatização caracterizarão os aeroportos net-zero do futuro, com benefícios que vão desde a entrega gratuita de bagagens ao domicilio até à incorporação de salas de espera equipadas com realidade virtual.
O estudo diz ainda que a frota mundial da aviões comerciais deverá aumentar 33%, para mais de 36 000 aviões, até 2033. A ACI World prevê um crescimento médio anual de 5,8% do tráfego de passageiros entre 2022 e 2040, atingindo mais de 19 mil milhões de passageiros por ano.
A escassez de combustíveis sustentáveis para a aviação (SAF) até 2030 será um obstáculo à concretização do objetivo da indústria aeronáutica mundial de atingir a neutralidade carbónica até 2050. De acordo com os cálculos da Oliver Wyman, é provável que se consigam produzir 5,4 mil milhões de galões de SAF até 2030, mas o setor da aviação necessitará de 16 mil milhões de galões só para manter a quantidade de emissões aos níveis praticados em 2019.
Por outro lado, a conetividade intermodal de passageiros e mercadorias nos aeroportos do futuro será melhorada pelo investimento em meios de transporte que proporcionem um acesso rápido e direto à porta do terminal a partir dos centros das cidades.
A escassez de mão de obra no setor da aviação ameaça limitar a capacidade de satisfazer a procura crescente. Atualmente, cerca de 54% dos 11,3 milhões de pessoas que trabalham no setor da aviação estão empregados em aeroportos, o que apenas representa 3,9% da mão de obra do setor das viagens e do turismo (289 milhões de pessoas) a nível mundial.