O setor do alojamento turístico registou 1,6 milhões de hóspedes e 4,5 milhões de dormidas em julho de 2021, o que compara com 1,0 milhão hóspedes e 2,6 milhões de dormidas em julho de 2020, revela hoje o INE. Os níveis atingidos em julho de 2021 foram, no entanto, inferiores aos observados em julho de 2019, tendo diminuído o número de hóspedes e de dormidas, 42,5% e 45,0%, respetivamente. Comparando ainda com julho de 2019, observa-se um crescimento de 6,4% nas dormidas de residentes e um decréscimo de 67,6% nas dormidas de não residentes.
Os proveitos registados nos estabelecimentos de alojamento turístico atingiram 296,9 milhões de euros no total e 223,4 milhões de euros relativamente a aposento. Comparando com julho de 2019, os proveitos totais diminuíram 44,5% e os relativos a aposento decresceram 46,7%. O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 40,4 euros em julho (31,4 euros em junho). O rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 99,9 euros em julho (86,8 euros em junho). Em julho de 2019, o RevPAR e o ADR foram 70,0 euros e 106,8 euros, respetivamente.
Para o decréscimo dos proveitos de aposento que se observou em julho, quando comparado com o mesmo mês de 2019 (-46,7%), contribuíram, por um lado, a diminuição do número de dormidas neste mês (-45,0%) e, por outro, a diminuição do ADR (-6,5%).
Entre janeiro e julho de 2021, considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), registaram-se 5,8 milhões de hóspedes e 14,8 milhões de dormidas, correspondendo a variações de -1,2% em ambos, face ao mesmo período de 2020.
Hóspedes e dormidas mantiveram crescimento embora com redução face ao período homólogo de 2019
O setor do alojamento turístico registou 1,6 milhões de hóspedes e 4,5 milhões de dormidas, refletindo-se em crescimentos3 de 59,6% e 71,9%, respetivamente (+186,1% e +230,1% em junho, pela mesma ordem). Face ao mês de julho de 2019, os hóspedes registaram um decréscimo de 42,5% e as dormidas diminuíram 45,0%.
Comparando com julho de 2019, observou-se um crescimento de 6,4% nas dormidas de residentes e um decréscimo de 67,6% nas de não residentes.
Nos primeiros sete meses do ano, verificou-se uma diminuição de 2,4% das dormidas totais, resultante de variações de +31,7% nos residentes e de -30,7% nos não residentes. Comparando com o mesmo período de 2019, as dormidas diminuíram 67,4% (-31,5% nos residentes e -82,1% nos não residentes).
Em julho, 19,1% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes (26,0% em junho).
Dormidas de residentes aumentaram em todas as regiões
O Algarve concentrou 34,5% das dormidas em julho, seguindo-se o Norte (15,5%), a AM Lisboa (14,6%) e a RA Madeira (12,1%).
Em julho, destacaram-se os crescimentos expressivos das dormidas de residentes, face ao mesmo mês de 2019, na RA Madeira (+60,2%), RA Açores (+26,3%), Algarve (+19,3%) e Alentejo (+13,1%), enquanto nas restantes regiões se registaram decréscimos.
Nos primeiros sete meses do ano, registaram-se diminuições no número de dormidas na AM Lisboa (-28,7%), RA Madeira (-7,4%) e Norte (-2,8%), enquanto as restantes regiões apresentaram crescimentos.
Entre janeiro e julho, em termos de dormidas de residentes, registaram-se aumentos em todas as regiões, com realce para as evoluções na RA Madeira (+136,0%), RA Açores (+99,9%) e Algarve (+54,6%).
Neste período, todas as regiões apresentaram decréscimos no número de dormidas de não residentes, com exceção da RA Açores (+31,8%). As menores reduções registaram-se no Alentejo (-4,8%), enquanto as restantes regiões apresentaram diminuições superiores a 16%.
Município de Lisboa com diminuição de 44% nas dormidas desde o início do ano
Nos primeiros sete meses de 2021, Lisboa registou 1,3 milhões de dormidas (10,4% do total), que se traduziram numa diminuição de 44,1%. Neste período, as dormidas de residentes recuaram 1,2% e as de não residentes (peso de 61,5%) diminuíram 56,1%. Comparando com o mesmo período de 2019, as dormidas em Lisboa registaram uma diminuição de 83,3% (-60,1% nos residentes e -87,8% nos não residentes).
As dormidas no município de Albufeira (9,6% do total) diminuíram 0,7% entre janeiro e julho (+55,7% nos residentes e -34,0% nos não residentes). No Funchal (6,4% do total) as dormidas diminuíram 21,7% no conjunto dos primeiros sete meses do ano (+131,8% nos residentes e -40,8% nos não residentes).
Taxa líquida de ocupação aumentou
A taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico (35,4%) aumentou 10,7 p.p. em julho (+15,7 p.p. em junho). Em julho de 2019, a taxa líquida de ocupação-cama tinha sido 59,9%.
Em julho, as taxas de ocupação mais elevadas registaram-se na RA Madeira (56,6%), RA Açores (48,0%), Alentejo (41,3%) e Algarve (40,1%). Os maiores crescimentos neste indicador registaram-se na RA Madeira (+42,7 p.p.), RA Açores (+32,5 p.p.) e Algarve (+10,5 p.p.).
Proveitos com crescimento nos primeiros sete meses
Em julho, os proveitos registados nos estabelecimentos de alojamento turístico atingiram 296,9 milhões de euros no total e 223,4 milhões de euros relativamente a aposento. Comparando com julho de 2019, os proveitos totais diminuíram 44,5% e os relativos a aposento decresceram 46,7%.
Nos primeiros sete meses do ano, os proveitos registaram crescimentos de 9,2% no total e 10,7% relativos a aposento. Comparando com o mesmo período de 2019, os proveitos totais recuaram 67,5% e os relativos a aposento diminuíram 67,6%.
O Algarve concentrou 39,8% dos proveitos totais e 40,5% dos relativos a aposento em julho, seguindo-se a AM Lisboa (13,8% e 13,9%, pela mesma ordem) e o Norte (12,9% e 13,1%, respetivamente).
Entre janeiro e julho de 2021, a evolução dos proveitos foi positiva nos três segmentos de alojamento.
Na hotelaria, os proveitos totais e de aposento aumentaram 5,7% e 7,4%, respetivamente (peso de 84,1% e 82,4% no total do alojamento turístico, pela mesma ordem).
Considerando as mesmas variáveis, os estabelecimentos de alojamento local (quotas de 9,0% e 10,6%) apresentaram subidas de 17,4% e 18,5%, e o turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 6,9% e 7,0%) registou aumentos de 59,4% e 49,3%.
No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 40,4 euros em julho. Em julho de 2019, o RevPAR tinha sido 70,0 euros.
Os valores de RevPAR mais elevados foram registados no Algarve (58,4 euros), RA Madeira (54,7 euros), Alentejo (49,8 euros) e RA Açores (49,0 euros).
Nos primeiros sete meses de 2021, o RevPAR aumentou 2,6%. Neste período, este indicador registou crescimentos de 2,1% na hotelaria, 2,4% no alojamento local e 21,0% no turismo no espaço rural e de habitação.
No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 99,9 euros em julho. Em julho de 2019, o ADR tinha sido 106,8 euros.