O setor do alojamento turístico registou 2,8 milhões de hóspedes e 7,1 milhões de dormidas em maio de 2023, correspondendo a crescimentos de 12,1% e 10%, respetivamente (+16,8% e +14% do que em abril deste ano). Face a maio de 2019, registaram-se crescimentos de 8,2% nos hóspedes e 9% nas dormidas.
Em maio, o mercado interno contribuiu com 1,8 milhões de dormidas (+0,4%) e os mercados externos totalizaram 5,4 milhões de dormidas (+13,6%). Face a maio de 2019, observaram-se aumentos de 10,2% nas dormidas de residentes e 8,6% nas de não residentes.
As dormidas de residentes do Reino Unido (20% do total das dormidas de não residentes em maio aumentaram 4% relativamente a maio de 2019. e o mercado espanhol perdeu representatividade, decrescendo 3%, tendo sido ultrapassado pelo mercado francês, que também diminuiu 4,6%.
Os mercados norte americano e canadiano destacaram-se com os maiores crescimentos face a maio de 2019 (+67,2% e +62,2%, respetivamente), mas também face a 2022 (+34,6% e +66,3%).
Face a maio de 2019, as dormidas de residentes aumentaram em todas as regiões exceto no Algarve (-1,5%) e a Madeira destacou-se com um crescimento de 47,5%. As dormidas de não residentes também decresceram no Algarve (-0,6%) e no Centro (-0,5%), registando-se os maiores crescimentos no Norte (+26,5%), nos Açores (+21,4%) e na Madeira (+18%).
A taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico (49,9%) aumentou 1,7% em maio. Face a maio de 2019, registou-se um decréscimo de 0,1% na taxa líquida de ocupação-cama e um aumento de 2,3% na taxa líquida de ocupação-quarto.
No conjunto dos primeiros cinco meses de 2023, as dormidas aumentaram 23,9%, +12,7% nos residentes e +29,3% nos não residentes. Comparando com o mesmo período de 2019, as dormidas cresceram 12,8%, +17,4% nos residentes e +10,9% nos não residentes.
Em maio, 17,9% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes.
Hóspedes e dormidas mantêm tendência de crescimento face a 2019
As dormidas continuam a superar valores de 2019, principalmente no turismo no espaço rural e de habitação.
As dormidas na hotelaria (82,1% do total) aumentaram 8,9% (+7,7% face a maio de 2019). As dormidas nos estabelecimentos de alojamento local (peso de 14,6% do total) cresceram 15,9% (+10,2% face a maio de 2019) e as de turismo no espaço rural e de habitação aumentaram 12,1% (+46,5% comparando com maio de 2019).
Dormidas de residentes e não residentes continuam acima dos níveis de 2019
Comparando com 2019, as dormidas aumentaram 9% em maio (+10,2% nas de residentes e +8,6% nas de não residentes), abrandando face ao crescimento registado em abril (+14,3%; +20,8% nos residentes e +11,8% nos não residentes).
No conjunto dos primeiros cinco meses de 2023, as dormidas aumentaram 23,9%, +12,7% nos residentes e +29,3% nos não residentes. Comparando com o mesmo período de 2019, as dormidas cresceram 12,8%, +17,4% nos residentes e +10,9% nos não residentes.
Entre os dezassete principais mercados emissores (87,3% do total de dormidas de não residentes), apenas os Países Baixos e a Finlândia registaram decréscimos nas dormidas (-8,9% e -0,4%, respetivamente). O Canadá e os Estados Unidos continuaram a ser os mercados que mais cresceram, face a 2022, embora com abrandamento.
Os maiores decréscimos observaram-se nas dormidas de hóspedes suecos (-13,1%), finlandeses (-12,8%) e brasileiros (-10,3%).
Dormidas no Algarve voltam a decrescer face a 2019
O Algarve concentrou 27,7% das dormidas, seguido da AM Lisboa (26,9%) e do Norte (17,2%). Comparando com maio de 2019, as dormidas no Algarve voltaram a registar um decréscimo (-0,7%), após os aumentos que se verificavam desde o início do ano. Nas restantes regiões continuaram a registar-se crescimentos, com maior realce no Norte (+22,8%), na Madeira (21,5%) e nos Açores (+12,7%).
Face a maio de 2019, as dormidas de residentes aumentaram em todas as regiões, exceto no Algarve (-1,5%). A Madeira destacou-se com um crescimento de 47,5%, seguindo-se o Norte (+15,6%) e o Centro (+12,9%).
Estada média decresceu
Em maio, a estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,52 noites) diminuiu 1,9% (-2,4% em abril), face ao mesmo mês do ano anterior. A estada média dos residentes (1,85 noites) diminuiu 1,5% e a dos não residentes (2,86 noites) decresceu 4,0%. Os valores mais elevados deste indicador verificaram-se na Madeira (4,34 noites) e no Algarve (3,83 noites), e os mais reduzidos ocorreram no Centro (1,67 noites) e no Alentejo (1,72 noites).
Taxa líquida de ocupação-cama ligeiramente abaixo do valor de 2019
Em maio, as taxas de ocupação-cama mais elevadas registaram-se na Madeira (69,2%) e em Lisboa (62,8%). Os maiores acréscimos neste indicador ocorreram na Lisboa (+3,4 %) e no Norte (+3%), enquanto nos Açores e no Alentejo se registaram diminuições (-4,3% e -1,2%, respetivamente).
A taxa líquida de ocupação-quarto nos estabelecimentos de alojamento turístico (61,9%) aumentou 3,1% em maio, ficando 2,3% acima do valor observado em maio de 2019 (59,6%).