Em fevereiro de 2024, o setor do alojamento turístico registou 1,8 milhões de hóspedes e 4,3 milhões de dormidas, correspondendo a crescimentos de 7,0% nos hóspedes (+1,9% em janeiro) e 6,4% nas dormidas (-0,3% em janeiro), revelam os dados do INE.
As dormidas de residentes totalizaram 1,4 milhões, invertendo a trajetória de decréscimo do mês anterior (+3,1%, após -3,0% em janeiro). Os mercados externos registaram um crescimento de 8,1% (após +1,1% em janeiro), contrariando a trajetória de abrandamento dos últimos três meses, registando 2,9 milhões de dormidas.
França foi o 4º principal mercado emissor em fevereiro, mas com decréscimo de 13,3%
Os 10 principais mercados emissores em fevereiro representaram 73,2% do total de dormidas de não residentes neste mês, entre os quais se destaca o de maior peso, o mercado britânico (17,0% do total das dormidas de não residentes em fevereiro), com um aumento de 9,4%.
As dormidas de hóspedes alemães (11,4% do total), o segundo principal mercado, cresceram 8,5% em fevereiro. Seguiu-se o mercado espanhol, que originou 8,7% das dormidas de não residentes, continuando a registar um decréscimo (-6,8%). O mercado francês (quota de 7,5%) registou o maior decréscimo (-13,3%) entre os 10 principais mercados em fevereiro.
No grupo dos 10 principais mercados emissores, destacaram-se ainda os mercados polaco, canadiano e americano (quotas de 3,3%, 3,8% e 6,6%, respetivamente) pelos crescimentos mais expressivos, +25,6%, +23,2% e +19,1%, pela mesma ordem, face ao mesmo mês do ano anterior.
Dormidas de residentes cresceram em todas as regiões com exceção da RA Madeira
Em fevereiro, todas as regiões registaram crescimentos nas dormidas. Os aumentos mais expressivos
verificaram-se no Oeste e Vale do Tejo (+17,2%), na RA Açores (+14,0%) e na Península de Setúbal (+9,1%), tendo sido mais modestos no Alentejo (+1,5%) e no Centro (+1,7%). As regiões que concentraram maior número de dormidas foram a Grande Lisboa (29,0%), seguindo-se o Algarve (19,1%) e o Norte (17,6%).
As dormidas de residentes apresentaram crescimentos em todas as regiões, com exceção da RA Madeira (-9,8%). O Oeste e Vale do Tejo destacou-se com o maior crescimento (+11,1%), seguindo-se a RA Açores (+8,0%). As regiões da Grande Lisboa e do Centro foram as que menos cresceram (+0,1% e +0,2%, respetivamente).
As dormidas de não residentes cresceram também de forma mais expressiva no Oeste e Vale do Tejo (+26,5%) e na RA Açores (+25,2%), tendo o único decréscimo ocorrido no Alentejo (-8,9%).
Estada média diminuiu de forma mais expressiva nos não residentes
Em fevereiro, a estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,43 noites) diminuiu 0,6% (-2,1% em janeiro). Este indicador registou crescimentos na RA Açores, na RA Madeira e no Oeste e Vale do Tejo (+5,6%, +5,3% e +1,7% respetivamente), enquanto nas restantes regiões se verificaram decréscimos, sendo o mais expressivo no Alentejo (-5,3%).
Os valores mais elevados deste indicador continuaram a observar-se na RA Madeira (4,72 noites) e no Algarve (3,93 noites), tendo as estadias mais curtas ocorrido no Centro (1,64 noites) e no Oeste e Vale do Tejo (1,70 noites).
Em fevereiro, a estada média dos residentes (1,74 noites) diminuiu 0,2% e a dos não residentes (3,00 noites) decresceu 2,0%. A estada média dos não residentes foi mais longa do que a dos residentes em todas as regiões, tendo a RA Madeira registado as estadias médias mais prolongadas, quer dos residentes (2,78 noites) quer dos não residentes (5,30 noites). Para além da RA Madeira, as estadas médias observadas no Algarve (2,49 noites dos residentes e 4,56 noites dos não residentes) e na RA Açores (2,36 noites e 3,46 noites, pela mesma ordem) também ficaram acima das estadas médias nacionais.
Taxas líquidas de ocupação diminuem
A taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico (35,9%) diminuiu em fevereiro (-0,6 p.p., após -1,1 p.p. em janeiro). O mesmo sucedeu com a taxa líquida de ocupação-quarto (45,2%), que registou uma diminuição de 0,7 p.p. (-1,1 p.p. em janeiro).
Em fevereiro, as taxas de ocupação-cama mais elevadas continuaram a registar-se na RA Madeira (60,0%) e na Grande Lisboa (47,2%), enquanto as mais baixas se verificaram no Oeste e Vale do Tejo (23,6%) e no Alentejo (23,8%). Apenas no Oeste e Vale do Tejo, na RA Madeira e na Península de Setúbal se registaram aumentos neste indicador (+1,2 p.p., +1,0 p.p. e +0,2 p.p., respetivamente), tendo decrescido nas restantes regiões, com maior expressão no Centro (-2,0 p.p.) e no Alentejo (-1,2 p.p.).