O setor do alojamento turístico registou 1,1 milhões de hóspedes e 2,6 milhões de dormidas em dezembro de 2021, correspondendo a aumentos de 150,0% e 170,4%, respetivamente (+265,0% e +287,2% em novembro, pela mesma ordem). Os níveis atingidos em dezembro de 2021 foram, no entanto, inferiores aos observados em dezembro de 2019, com reduções de 28,9% nos hóspedes e 26,7% nas dormidas.
Em dezembro, o mercado interno contribuiu com 1,1 milhões de dormidas (+92,6%) e os mercados externos com 1,5 milhões (+292,5%). Face a dezembro de 2019, registaram-se diminuições de 12,2% das dormidas de residentes e de 34,9% das de não residentes.
Os proveitos registados nos estabelecimentos de alojamento turístico atingiram 153,2 milhões de euros no total, dos quais 108,0 milhões de euros relativamente a aposento. Comparando com dezembro de 2019, os proveitos totais decresceram 25,4% e os relativos a aposento diminuíram 23,3%. O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 21,5 euros em dezembro (30,3 euros em novembro). O rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 74,4 euros em dezembro (74,2 euros em novembro). Em dezembro de 2019, o RevPAR foi 27,8 euros e o ADR 72,8 euros.
No conjunto do ano de 2021 (dados preliminares), registaram-se 14,5 milhões de hóspedes e 37,5 milhões de dormidas, que se traduziram em aumentos de 39,4% e 45,2% (-61,6% e -63,2% em 2020, respetivamente).
Excluindo 2020, é preciso recuar a 2010, quando se registaram 37,4 milhões de dormidas, para se encontrar um número menor de dormidas.
O contexto pandémico não afetou apenas o nível da atividade turística, evidenciando-se uma distribuição mensal dos resultados diferente do padrão sazonal característico. Em 2021, contrariamente ao habitual, não foram os meses de verão (julho a setembro) mas sim os meses de agosto a outubro que registaram maior número de dormidas (49,6% das dormidas totais).
Comparando com o mesmo período de 2019, os hóspedes decresceram 46,4% e as dormidas diminuíram 46,6% (-10,9% nos residentes e -62,0% nos não residentes). Registaram-se decréscimos nas dormidas em todas as regiões face a 2019, principalmente devido às reduções dos não residentes, tendo-se, contudo, observado crescimentos das dormidas de residentes na RA Madeira (+19,2%) e no Algarve (+5,1%).
Os proveitos totais aumentaram 61,2% (-45,7% face a 2019) para 2,3 mil milhões de euros. Os proveitos de aposento fixaram-se em 1,8 mil milhões de euros, aumentando 62,8% (-45,8% face a 2019).
Este destaque inclui uma caixa com a análise da evolução das dormidas entre 2019 e 2021, por região NUTS III. Registaram-se decréscimos em todas as regiões NUTS III neste período, com maior enfoque na AM Lisboa (-58,2%), Médio Tejo (-54,3%) e AM Porto (-52,0%).
Em 2021, considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), registaram-se 16,1 milhões de hóspedes e 42,7 milhões de dormidas, correspondendo a crescimentos de 37,6% e 41,1%, respetivamente.
Hóspedes e dormidas mantiveram crescimento, embora com redução face ao período homólogo de 2019
O setor do alojamento turístico registou 1,1 milhões de hóspedes e 2,6 milhões de dormidas em dezembro de 2021, refletindo-se em crescimentos de 150,0% e 170,4%, respetivamente (+265,0% e +287,2% em novembro, pela mesma ordem). Face a dezembro de 2019, os hóspedes diminuíram 28,9% e as dormidas decresceram 26,7%.
O mercado interno contribuiu com 1,1 milhões de dormidas e aumentou 92,6%. Os mercados externos predominaram (peso de 56,5%) e totalizaram 1,5 milhões de dormidas (+292,5%). Comparando com o mês de dezembro de 2019, observaram-se diminuições quer nas dormidas de residentes (-12,2%), quer nas de não residentes (-34,9%).
Os resultados preliminares de 2021 revelam que os hóspedes atingiram 14,5 milhões e as dormidas 37,5 milhões, que se traduziram em aumentos de 39,4% e 45,2% (-61,6% e -63,2% em 2020, respetivamente).
Comparando com o mesmo período de 2019, os hóspedes decresceram 46,4% e as dormidas diminuíram 46,6% (-10,9% nos residentes e -62,0% nos não residentes).
Excluindo os resultados de 2020, é preciso recuar a 2010, quando se registaram 37,4 milhões de dormidas, para se encontrar um número menor de dormidas.
No conjunto do ano de 2021, as dormidas de residentes aumentaram 38,3% e totalizaram 18,8 milhões, o valor mais baixo desde 2017 (com exceção de 2020). As dormidas de não residentes cresceram 52,9% e atingiram 18,7 milhões, o valor mais baixo desde 1993 (com exceção de 2020).
Entre janeiro e dezembro de 2021, as dormidas de residentes representaram 50,2% do total, significativamente acima da quota verificada em 2019 (30,1% do total).
Pandemia COVID-19 teve grande impacto na sazonalidade
Em 2021, contrariamente ao habitual, não foram os meses de verão (julho a setembro) mas sim os meses de agosto a outubro os que registaram maior número de dormidas (49,6% das dormidas totais), tendo concentrado 53,3% das dormidas de não residentes. Os meses de verão (julho a setembro) concentraram 50,2% das dormidas de residentes.
Avaliando a sazonalidade através do rácio entre os meses com maior e com menor procura, verifica-se que este rácio se situou em 16,1 em 2021 (38,2 em 2020 e 3,2 em 2019), o que significa que a ocupação (medida em número de dormidas) no mês de maior procura foi 16,1 vezes superior à verificada no mês de menor procura.
Nos residentes este rácio situou-se em 12,8 (35,1 em 2020 e 3,6 em 2019) e nos não residentes em 25,5 (68,9 em 2020 e 3,0 em 2019).
As regiões que apresentaram maiores taxas de sazonalidade, i.e., maior peso relativo dos três meses de maior procura relativamente ao total anual, foram o Algarve (57,2%), RA Açores (50,1%) e RA Madeira (48,7%), enquanto no Norte, AM Lisboa e Centro este indicador situou-se em 46,3%, 46,4% e 46,5%, respetivamente.
O rácio entre os meses com maior e com menor procura foi menor na AM Lisboa (10,3), Norte (11,2) e Alentejo (11,5). Em sentido contrário, o Algarve (41,6) e RA Madeira (19,1) apresentaram os valores mais elevados neste rácio.
Aumento expressivo das dormidas em todas as regiões em 2021
Em dezembro, registaram-se aumentos das dormidas em todas as regiões. A AM Lisboa concentrou 30,3% das dormidas em dezembro, seguindo-se o Norte (19,8%), a RA Madeira (15,3%) e o Algarve (14,7%).
No conjunto do ano de 2021, todas as regiões apresentaram acréscimos no número de dormidas, com realce para as evoluções apresentadas pela RA Açores (+118,6%) e RA Madeira (+79,8%). Os acréscimos foram generalizados às dormidas de residentes, com destaque para a RA Madeira (+111,3%) e RA Açores (+99,1%), e também às de não residentes (com o maior aumento na RA Açores: +164,3%).
Comparando com 2019, todas a regiões apresentaram diminuição do número de dormidas, com realce para a AM Lisboa (-58,2%). Relativamente às dormidas de residentes, destacaram-se os crescimentos na RA Madeira (+19,2%) e Algarve (+5,1%), enquanto nas restantes regiões se registaram decréscimos. Nas dormidas de não residentes, verificaram-se diminuições superiores a 50% em todas as regiões, com exceção da RA Madeira (-49,8%).
Município de Lisboa concentrou cerca de 1/5 das dormidas de não residentes em 2021
Em 2021, Lisboa registou 5,2 milhões de dormidas (13,8% do total), que se traduziram num crescimento de 48,8%. Neste período, as dormidas de residentes aumentaram 50,0% e as de não residentes (74,4% do total) cresceram 48,4%. Comparando com 2019, as dormidas diminuíram 63,0% (-40,3% nos residentes e -67,2% nos não residentes). O município de Lisboa concentrou 20,7% do total de dormidas de não residentes registadas no país em 2021.
As dormidas no município de Albufeira (10,1% do total) atingiram 3,8 milhões em 2021 e aumentaram 34,7% (+39,9% nos residentes e +30,0% nos não residentes). Comparando com o mesmo período de 2019, registouse um decréscimo de 55,7% (+0,1% nos residentes e -71,3% nos não residentes). As dormidas de não residentes representaram 50,7% do total, significativamente abaixo da quota verificada em 2019 (78,2% do total).
No Funchal (7,7% do total) as dormidas aumentaram 78,7% em 2021 (+148,9% nos residentes e +64,6% nos não residentes). Face a 2019, registou-se uma redução de 42,7% (+23,0% nos residentes e -50,6% nos não residentes).
No município do Porto (5,0% o total) as dormidas aumentaram 51,1% em 2021 (+46,4% nos residentes e +53,0% nos não residentes). Face a 2019, registou-se uma redução de 59,0% (-33,3% nos residentes e -64,3% nos não residentes).
Taxas líquidas de ocupação aumentaram
A taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico (23,3%) aumentou 11,1 p.p. em dezembro (+21,4 p.p. em novembro). Em dezembro de 2019, a taxa líquida de ocupação-cama tinha sido 31,0%.
Em dezembro, as taxas de ocupação-cama mais elevadas registaram-se na RA Madeira (38,6%) e AM Lisboa (29,0%), correspondendo também aos maiores acréscimos neste indicador (+18,9 p.p. e +15,6 p.p., respetivamente).
A taxa líquida de ocupação-quarto nos estabelecimentos de alojamento turístico (29,0%) aumentou 12,8 p.p. em dezembro (+26,2 p.p. em novembro). Em dezembro de 2019, a taxa líquida de ocupação-quarto tinha sido 38,2%.
Em 2021, a taxa líquida de ocupação-cama (31,0%) aumentou 6,9 p.p. e a taxa líquida de ocupação-quarto (36,9%) aumentou 7,6 p.p. Em 2019, estes indicadores atingiram 47,3% e 55,3%, respetivamente.
Proveitos retrocedem para níveis de 2014
Em dezembro, os proveitos registados nos estabelecimentos de alojamento turístico atingiram 153,2 milhões de euros no total e 108,0 milhões de euros relativamente a aposento. Comparando com dezembro de 2019, os proveitos totais decresceram 25,4% e os relativos a aposento diminuíram 23,3%.
A AM Lisboa concentrou 31,9% dos proveitos totais e 34,2% dos relativos a aposento em dezembro, seguindo-se o Norte (19,1% e 19,3%, pela mesma ordem) e a RA Madeira (17,5% e 16,4%, respetivamente).
Em 2021, os proveitos registaram crescimentos de 61,2% no total e de 62,8% relativos a aposento. Comparando com 2019, registaram-se decréscimos de 45,7% e 45,8%, pela mesma ordem.
É necessário recuar até 2014, ano em que se registaram 2,3 mil milhões de euros de proveitos totais e 1,6 mil milhões de euros relativos a aposento, para se encontrarem valores inferiores de proveitos.
Os maiores aumentos verificaram-se na RA Açores (+157,0% nos proveitos totais e +162,9% nos de aposento) e na RA Madeira (+104,5% e +110,6%, respetivamente). Face a 2019, os maiores decréscimos registaram-se na AM Lisboa (63,2% nos proveitos totais e 64,0% nos de aposento), enquanto no Alentejo (-11,8% e -7,8%, respetivamente) se observaram as menores reduções.
Neste ano, a evolução dos proveitos foi positiva nos três segmentos de alojamento.
Na hotelaria, os proveitos totais e de aposento aumentaram 61,4% e 63,2%, respetivamente (peso de 85,9% e 84,1% no total do alojamento turístico, pela mesma ordem).
Considerando as mesmas variáveis, os estabelecimentos de alojamento local (quotas de 8,5% e 10,1%) apresentaram subidas de 62,6% e 67,1%, e o turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 5,6% e 5,8%) registou aumentos de 56,1% e 50,6%.
No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 21,5 euros em dezembro, tendo aumentado 113,3% (+271,5% em novembro). Em dezembro de 2019, o RevPAR tinha sido 27,8 euros.
Os valores de RevPAR mais elevados foram registados na RA Madeira (36,6 euros) e AM Lisboa (30,1 euros).
Em 2021, o RevPAR atingiu 32,5 euros e aumentou 43,6%. Neste período, este indicador registou crescimentos de 46,2% na hotelaria, 41,9% no alojamento local e 19,6% no turismo no espaço rural e de habitação.
No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 74,4 euros em dezembro, tendo crescido 19,0% (+33,7% em novembro).
Em dezembro de 2019, o ADR tinha sido 72,8 euros.
No conjunto do ano de 2021, o ADR ficou-se em 88,0 euros (+13,9%).