Em julho de 2023, o setor do alojamento turístico registou 3,2 milhões de hóspedes (+4,2%) e 8,8 milhões de dormidas (+1,5%), correspondendo a 754,0 milhões de euros de proveitos totais (+10,6%) e 597,0 milhões de euros de proveitos de aposento (+11,5%). Comparando com julho de 2019, registaram-se aumentos de 41,0% nos proveitos totais e 42,4% nos relativos a aposento, segundo os dados divulgados hoje pelo INE.
O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 92,4 euros (+7,4%) e o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 137,9 euros (+9,7%), neste caso registando um novo máximo histórico, após o anterior máximo ocorrido em agosto de 2022 (136,0 euros). Em relação a julho de 2019, registaram-se aumentos de 32,1% e 29,1%, pela mesma ordem. O rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu novos máximos históricos na AM Lisboa (152,3 euros), na RA Açores (129,4 euros) e na RA Madeira (111,6 euros).
Em julho de 2023, entre os municípios com maior representatividade no total de dormidas, Albufeira continuou aquém dos níveis registados em 2019 (-10,9%). Destacou-se também Ourém, com o maior crescimento de dormidas (+27,2%) face a julho de 2022, tanto de residentes (+15,1%) como de não residentes (+34,5%).
No período acumulado de janeiro a julho de 2023, as dormidas cresceram 14,8% (+5,2% nos residentes e +19,4% nos não residentes), a que corresponderam aumentos de 26,1% nos proveitos totais e 27,7% nos relativos a aposento (+38,9% e +41,8%, respetivamente, comparando com o mesmo período de 2019).
Considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), registaram-se 18,1 milhões de hóspedes e 46,9 milhões de dormidas no período acumulado de janeiro a julho de 2023, correspondendo a crescimentos de 17,1% e 14,5%, respetivamente. Comparando com o mesmo período de 2019, as dormidas aumentaram 9,9% (+10,7% nos residentes e +9,6% nos não residentes).
Proveitos da atividade turística seguem trajetória de desaceleração
Os proveitos totais cresceram 10,6% (+13,8%, em junho), tendo atingido 754,0 milhões de euros, e os relativos a aposento aumentaram 11,5% (+15,3%, em junho), ascendendo a 597,0 milhões de euros. Comparando com julho de 2019, registaram-se aumentos de 41,0% nos proveitos totais e 42,4% nos relativos a aposento.
No período acumulado de janeiro a julho de 2023, os proveitos totais cresceram 26,1% e os relativos a aposento aumentaram 27,7%. Comparando com igual período de 2019, verificaram-se aumentos de 38,9% e 41,8%, respetivamente. Neste período, os proveitos atingiram 3,2 mil milhões de euros no total e os relativos a aposento ascenderam a 2,5 mil milhões de euros.
Em julho, o Algarve foi a região com maior peso nos proveitos totais e de aposento (36,2% e 35,5%, respetivamente), seguindo-se a AM Lisboa (25,6% e 26,8%, pela mesma ordem), o Norte (13,6% e 13,9%, respetivamente) e a RA Madeira (9,1% e 8,2%, pela mesma ordem).
Os maiores crescimentos ocorreram no Alentejo (+20,0% nos proveitos totais e +21,3% nos de aposento), na RA Açores (+18,0% e +19,6%, respetivamente) e no Norte (+14,4% e +16,0%, pela mesma ordem). Face a julho de 2019, destacam-se as evoluções na RA Madeira (+62,6% nos proveitos totais e +75,7% nos de aposento), no Alentejo (+56,1% e +60,1%, respetivamente) e na RA Açores (+55,5% e +55,6%, pela mesma ordem).
No período acumulado de janeiro a julho de 2023, face a igual período de 2019, a RA Madeira (+54,6% nos proveitos totais e +66,3% nos de aposento), a RA Açores (+54,5% e +54,8%, respetivamente) e o Alentejo (+49,5% e +56,1%, pela mesma ordem) registaram os maiores crescimentos nos proveitos.
Em julho de 2023, face ao mesmo mês de 2022, registaram-se crescimentos dos proveitos nos três segmentos de alojamento, mas uma vez mais com abrandamentos na hotelaria e no alojamento local. Na hotelaria, os proveitos totais e de aposento (peso de 86,4% e 84,7% no total do alojamento turístico) aumentaram 9,7% e 10,6%, respetivamente. Face a julho de 2019, registaram-se crescimentos de 38,8% e 40,0%, pela mesma ordem.
Nos estabelecimentos de alojamento local (quotas de 9,4% e 10,9%, respetivamente), registaram-se aumentos de 17,5% nos proveitos totais e 18,3% nos proveitos de aposento. Comparando com julho de 2019, observaram-se crescimentos de 43,3% e 47,1%, respetivamente.
No turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 4,2% e 4,4%, respetivamente, nos proveitos totais e nos de aposento), os aumentos foram de 15,0% e 13,5%, pela mesma ordem. Face a julho de 2019, os proveitos neste segmento praticamente duplicaram (+99,0% e +93,6%, respetivamente).
Rendimento médio por quarto ocupado atingiu novo máximo histórico
No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) atingiu 92,4 euros em julho de 2023, tendo aumentado 7,4% face a igual mês do ano anterior (+11,2% em junho) e 32,1% em comparação com julho de 2019.
Os valores de RevPAR mais elevados foram registados no Algarve (129,4 euros) e na AM Lisboa (114,9 euros).
Os maiores crescimentos ocorreram na RA Açores (+19,2%) e na RA Madeira (+12,8%), onde foram atingidos novos máximos históricos, seguidas do Alentejo (+11,7%).
Em julho, este indicador cresceu 8,3% na hotelaria (+12,0% em junho), 8,4% no alojamento local (+13,7% em junho) e 3,1% no turismo no espaço rural e de habitação (+5,3% em junho).
No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 137,9 euros, +9,7% em relação ao mesmo mês de 2022 (+11,1% em junho), correspondendo a um novo máximo histórico, após o anterior máximo ocorrido em agosto de 2022 (136,0 euros). Face a julho de 2019, o ADR cresceu 29,1%.
O ADR atingiu novos máximos históricos na AM Lisboa (152,3 euros), na RA Açores (129,4 euros) e na RA Madeira (111,6 euros). Contudo, foi no Algarve que se registou o valor mais elevado de ADR (174,0 euros).
Os acréscimos mais expressivos verificaram-se na RA Açores (+18,2%) e na RA Madeira (+14,3%).
Em julho, o ADR cresceu 10,2% na hotelaria (+11,5% em junho) e 10,1% no alojamento local (+12,8% em junho), atingindo 143,9 euros e 106,7 euros, respetivamente. No turismo no espaço rural e de habitação, o ADR cresceu 3,9% (+4,3% em junho), atingindo 127,4 euros.
Dormidas em Ourém registaram o maior crescimento, tanto de residentes como de não residentes
Em julho de 2023, registaram-se 3,2 milhões de hóspedes (+4,2%) e 8,8 milhões de dormidas (+1,5%) nos estabelecimentos de alojamento turístico. Do total de dormidas, 71,9% concentraram-se nos 23 principais municípios.
O município de Lisboa concentrou 16,2% do total de dormidas em julho (7,4% do total de dormidas de residentes e 20,3% de não residentes), atingindo 1,4 milhões. Comparando com julho de 2019, as dormidas aumentaram 6,1% (+1,8% nos residentes e +6,8% nos não residentes).
Albufeira manteve-se na 2ª posição (peso de 12,5%; 9,8% do total de dormidas de residentes e 13,8% de não residentes), tendo registado 1,1 milhões de dormidas, e continuou abaixo dos níveis registados em 2019 (-10,9% no total; -14,5% nos residentes e -9,6% nos não residentes).
No Funchal, registaram-se 583,9 mil dormidas (quota de 6,6%), tendo aumentado 26,2% (+62,5% nos residentes e +21,8% nos não residentes) face a julho de 2019.
No Porto, registaram-se 570,6 mil dormidas (6,5% do total), um acréscimo de 20,9% face a julho de 2019 (+18,2% nos residentes e +21,4% nos não residentes).
De entre os principais municípios, destacou-se Ourém, com o maior crescimento de dormidas (+27,2%) face a julho de 2022, tanto de residentes (+15,1%) como de não residentes (+34,5%).
No acumulado de janeiro a julho de 2023, face a igual período de 2019 e entre os principais municípios, Vila Nova de Gaia destacou-se com um crescimento de 31,0% (+23,8% nos residentes e +36,5% nos não residentes), seguindo-se o Porto (+28,0%; +19,5% nos residentes e +29,8% nos não residentes). Em sentido contrário, os maiores decréscimos registaram-se em Vila Real de Santo António (-14,7%; -11,4% nos residentes e -16,7% nos
não residentes) e Albufeira (-9,4%; -16,7% nos residentes e -7,5% nos não residentes).