O Memmo Hotels já tem em marcha um Plano Covid-19 que contempla o horizonte, ainda desconhecido, da reabertura das suas unidades turísticas. Rodrigo Machaz, administrador do Grupo, defende que é “fundamental” planear já a retoma e adaptar o produto turístico à “nova realidade” de segurança.
Na 1.ª Tourism Talks da Message in a Bottle dedicada ao tema “Turismo: the days after”, Rodrigo Machaz afirma que o “ponto de viragem” para a retoma do Turismo será quando existir vacina para combater o surto e que isso “vai demorar”. Mas também que ter essa consciência “é o mais importante” e que “é na maré vazia que se vê quem tem fato banho”. Na sua opinião, “para se ser empreendedor tem de se perder medos e assumir riscos” pelo que tem de se estar preparado para o que aí vem como quando “se surfa uma grande onda da Nazaré”.
Rodrigo Machaz afirma que o “ponto de viragem” para a retoma do Turismo será quando existir vacina para combater o surto e que isso “vai demorar”. Mas também que ter essa consciência “é o mais importante” e que “é na maré vazia que se vê quem tem fato banho”. Na sua opinião, “para se ser empreendedor tem de se perder medos e assumir riscos” pelo que tem de se estar preparado para o que aí vem como quando “se surfa uma grande onda da Nazaré”.
Apoios no presente, pós lay off e na retoma
O responsável considera que, genericamente, os empresários estão “satisfeitos com os apoios”, atribuídos pelo Governo e Turismo de Portugal, mas sugere que tais medidas devem ser direcionadas para três momentos distintos: presente, pós lay off daqui a três meses e no momento da retoma.
Para já “a rapidez no pagamento às empresas é fundamental” para a sobrevivência mas daqui a três meses “as medidas têm de ser prolongadas”, entre as quais, “manter o lay off por mais tempo”. Finalmente, no período de retoma do turismo têm de existir outras medidas que vão ser “as mais importantes”, como a redução ou perdão da Taxa Social Única (TSU) e recorrer a Fundo Perdido, na medida em que “se não temos a capacidade de relançar o setor e a economia fizemos um esforço para nada”, defende.
Adaptar o produto turístico à nova realidade de segurança
Rodrigo Machaz partilha que no Grupo Memmo já “começámos a fazer o nosso Plano Covid-19”, revisto semanalmente, que contempla a reabertura dos hotéis adaptando “o nosso produto à nova realidade de segurança”. O Plano não tem data, é impossível saber quando tudo termina, mas “é fundamental ter já um plano para quando começarmos a abrir”, o que será gradual, garante.
Para o administrador, antes da vacina, a aposta recairá sobre o mercado nacional e vai ter que se baixar preços nos hotéis: “Não podemos baixar à bruta mas temos de ter consciência de que quem pagava os preços médios que estávamos a praticar não era o mercado nacional, era o estrangeiro.”
O Plano Marshall é a reconquista dos EUA com a TAP
Depois de assegurado o mercado nacional, e algum europeu, Rodrigo Machaz acredita que “o Plano Marshall é reconquistar os EUA”, o mercado mais “valioso” no plano turístico. O hoteleiro comenta que, nos últimos anos, “a grande mudança no turismo nacional ocorreu com a conquista do mercado americano” que é, aliás, o primeiro mercado emissor do Memmo Hotels.
Rodrigo Machaz adianta que a sua “grande preocupação neste momento chama-se TAP”, visto que a companhia aérea nacional tinha uma “estratégia super assertiva e agressiva para o mercado americano”, com mais rotas e voos diretos de/para os EUA que estava a “aderir em força a todo o Portugal”. Assim, “precisamos muito da TAP e de uma TAP forte”, argumenta.