A GEA Portugal celebra este ano o seu 20º aniversário e tem vindo a realizar uma série de iniciativas para assinalar esta data especial. Depois de dois Sunset Dinner Parties na Figueira da Foz e em Matosinhos, ontem foi a vez de Cascais receber a terceira festa, no Restaurante Arriba, que contou com mais de 450 participantes, entre agências e fornecedores.
Pedro Gordon, diretor geral da GEA Portugal, e Carlos Baptista, administrador executivo da GEA Portugal em representação dos novos acionistas do grupo (uma sociedade composta pelos acionistas do Grupo Newtour e Pedro Costa Ferreira, que adquiriu 60% da GEA Portugal ao antigo sócio, Prisciliano Fernandez), aproveitaram a ocasião para falarem com a imprensa antes da comemoração e recordar como tudo começou.
Pedro Gordon lembra assim que foi em 2003, por ocasião da BTL, que Prisciliano Fernandez, o fundador do Grupo GEA em Espanha, criar um modelo de negócio praticamente idêntico ao modelo espanhol, beneficiando já de uma série de acordos ibéricos com operadores que já trabalhavam o mercado português. Isso permitiu, explica, oferecer uma otimização das margens e “tivemos sorte porque as agências confiaram na nossa promessa de otimização de rentabilidade e o grupo começou a crescer”.
O diretor geral da GEA Portugal recorda também que foi logo no final de 2003 que a Turangra, operador do Grupo Newtour, se juntou ao projeto, por intermédio de Miguel Fonseca. O que leva Carlos Baptista a afirmar que, embora a Newtour só tenha entrado como acionista da GEA Portugal em novembro de 2022, “a GEA está na história do Grupo Newtour e o Grupo Newtour está na história da GEA desde o início”. E afirma que a Turangra foi um dos primeiros associados, “acreditando no projeto e trabalhando para o seu sucesso”, com Miguel Fonseca a assumir então uma posição no conselho consultivo da GEA. E, prossegue o responsável, “é com essa mesma responsabilidade, carinho e confiança no projeto GEA que encaramos esta nova fase enquanto acionistas”.
“somos um grupo líder, com uma liderança clara no mercado, o que permite dar apoio e proteção aos nossos associados, além de margens que estão acima das praticadas no mercado”
20 anos depois, a GEA Portugal conta hoje com 502 balcões e 406 empresas em Portugal. E, embora os tempos tenham mudado, “as premissas e o modus operandi de uma empresa como a nossa continuam a ser os mesmos: ajudar a otimizar a rentabilidade das empresas”, garante Pedro Gordon. O responsável não hesita em afirmar que “somos um grupo líder, com uma liderança clara no mercado, o que permite dar apoio e proteção aos nossos associados, além de margens que estão acima das praticadas no mercado”, bem como ferramentas que permitem otimizar a sua produtividade.
Em 2014, nasceu a TravelGEA, empresa emissora de bilhetes de aviação que trabalha em exclusividade para as agências da GEA, e o diretor geral do grupo adianta que esta está a registar um crescimento “muito importante”, devendo terminar o ano com cerca de 35 milhões de euros de ticketing.
Pedro Gordon também não hesita em afirmar que que um dos marcos mais importantes desta história de 20 anos foi a entrada do Grupo Newtour no capital da GEA Portugal, assumindo-se a partir daí como acionista maioritário. “Isso marca uma nova etapa, porque a massa crítica dispara, nomeadamente ao nível do ticketing, pois passamos a ter mais pressão no mercado nacional, o que nos permite ter maior capacidade negocial na obtenção de tarifas junto das companhias aéreas”, detalha o responsável.
“Esta foi uma premissa importantíssima”, frisa Pedro Gordon, “que os novos sócios quisessem desenvolver a área da distribuição”.
O gestor conta ainda que na altura da entrada do novo sócio, o que pretendia era um acionista que otimizasse a distribuição, que trabalhasse para que as agências do grupo se desenvolvessem e tivessem melhor desempenho, e não tanto que se preocupassem em escoar produto próprio. “Esta foi uma premissa importantíssima”, frisa Pedro Gordon, “que os novos sócios quisessem desenvolver a área da distribuição”. Hoje, reconhece claro que a entrada desta nova sociedade permite ter “uma dimensão maior” e abordar “projetos de maior envergadura, tanto pelo know how como pela musculatura financeira que conjuntamente conseguimos”.
“houve uma noção clara de quem cá está que nós éramos as pessoas certas para estar neste projeto, e isso dá-nos vontade de trabalhar”
Ao que Carlos Baptista confirma que “entrámos em novembro com vontade de adicionar valor ao projeto”, adiantando que “houve uma noção clara de quem cá está que nós éramos as pessoas certas para estar neste projeto, e isso dá-nos vontade de trabalhar”.
E há já trabalho feito e comunicado às agências. É o caso do backoffice de gestão GEA, com base em tecnologia sigav, que foi lançado como mais “uma solução na criação de valor às nossas agências”, explica o responsável. Trata-se de “uma ferramenta que damos de forma gratuita às nossas agências para serem competitivas e eficientes no desenvolvimento do trabalho do dia a dia, e conseguirem dar resposta aos seus clientes e aos desafios que se colocam”, acrescenta.
Outro projeto já em implementação são as GEA TV’s. A expectativa inicial apontava para 150 televisões instaladas numa primeira fase mas “foi um tremendo sucesso e temos o requerimento de cerca de 250 televisões”. Carlos Baptista não duvida de que “esta é mais uma forma de ajudar as nossas agências a digitalizarem a sua comunicação com os clientes e poderem potenciar toda uma dinâmica de comunicação no ponto de venda, atingindo mais clientes de forma mais efetiva e com um produto sempre atualizado”.
Relativamente a expectativas para 2023, tanto Pedro Gordon como Carlos Baptista acreditam que o ano “será melhor do que 2022”. O diretor geral da GEA Portugal aponta porém que, depois de quatro primeiros meses “muito bons”, em maio se verificou “um abrandamento no crescimento das reservas, o que é natural, mas não uma travagem”.
Por Inês Gromicho