O setor do alojamento turístico registou 2,5 milhões de hóspedes e 6,5 milhões de dormidas em maio de 2022, correspondendo a aumentos de 162,1% e 221,8%, respetivamente (+426,4% e +552,1% em abril, pela mesma ordem). Face a maio de 2019, registaram-se diminuições de 3,2% e 0,7%, respetivamente.
Os dados do INE – Instituto Nacional de Estatística, relativos à atividade turística, indicam que, em maio deste ano, o mercado interno contribuiu com 1,8 milhões de dormidas e os mercados externos totalizaram 4,7 milhões. Face a maio de 2019, o mercado interno cresceu 11,6% e os mercados externos diminuíram 4,7%.
Relativamente aos proveitos totais, aumentaram 264,3% para 456,1 milhões de euros, e os proveitos de aposento atingiram 338,4 milhões de euros, refletindo um crescimento de 275,1%. Comparando com maio de 2019, registaram-se aumentos de 11,8% e 11,9%, respetivamente, indicam os dados publicados, esta quinta-feira, 14 de julho, pelo INE
O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR), segundo o INE, situou-se em 56,5 euros em maio e o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 96,1 euros. Em relação a maio de 2019, o RevPAR aumentou 8,0% e o ADR cresceu 9,4%.
No conjunto dos primeiros cinco meses de 2022, as dormidas aumentaram 355,2% (+128,5% nos residentes e +775,8% nos não residentes). Comparando com o mesmo período de 2019, as dormidas decresceram 9,0%, como consequência da diminuição das dormidas de não residentes (-14,4%), dado que as de residentes cresceram 4,9%. Os proveitos acumulados de janeiro a maio de 2022 cresceram 436,6% no total e 437,0% nos relativos a aposento (+0,5% e +1,5%, face a igual período de 2019, respetivamente).
Nestes mesmos meses, considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), registaram-se 9,1 milhões de hóspedes e 23,1 milhões de dormidas, correspondendo a crescimentos de 282,9% e 320,6%, respetivamente.
Aumento expressivo das dormidas em todas as regiões
Em maio, registaram-se aumentos das dormidas em todas as regiões. O Algarve concentrou 28,6% das dormidas, seguindo-se a AM Lisboa (26,3%), o Norte (16,4%) e a RA Madeira (12,1%).
Comparando com maio de 2019, registaram-se aumentos na RA Madeira (+18,8%), Norte (+6,5%) e Alentejo (+1,2%). O maior decréscimo foi observado no Centro (-7,4%). Relativamente às dormidas de residentes, registaram-se aumentos em todas as regiões, destacando-se a RA Madeira (+66,2%), Norte (+14,2%) e Alentejo (+10,0%). As dormidas de não residentes aumentaram na RA Madeira (+12,6%) e no Norte (+2,4%), tendo as maiores diminuições sido observadas no Centro (-23,1%) e Alentejo (-11,1%).
Município do Funchal continua com crescimento expressivo face a 2019
Em maio, o município de Lisboa registou 1,3 milhões de dormidas (19,5% do total do país). Comparando com maio de 2019, as dormidas diminuíram 4,6% (+3,3% nos residentes e -5,9% nos não residentes).
O município de Albufeira concentrou 11,4% do total de dormidas, atingindo 743,9 mil, o que representa uma redução de 11,6% face a maio de 2019 (-5,9% nos residentes e -12,6% nos não residentes).
No Funchal (8,0% do total), registaram-se 524,1 mil dormidas em maio, um acréscimo de 16,5% (+62,9% nos residentes e +10,5% nos não residentes) em comparação com o período homólogo de 2019.
No Porto (6,9% do total), registaram-se 452,4 mil dormidas em maio, que se traduziram num crescimento de 1,6% face ao mesmo mês de 2019 (+8,2% nos residentes e +0,4% nos não residentes).
No período acumulado de janeiro a maio de 2022, as dormidas diminuíram nos principais municípios, face a igual período de 2019: -17,0% em Lisboa (-7,3% nos residentes e -18,9% nos não residentes), -0,8% no Funchal (+64,8% nos residentes e -7,9% nos não residentes), -23,5% em Albufeira (-19,4% nos residentes e -24,3% nos não residentes) e -7,6% no Porto (+0,5% nos residentes e -9,6% nos não residentes).
Taxas líquidas de ocupação aumentaram
A taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico (48,1%) aumentou 27,5 p.p. em maio (+34,7 p.p. em abril), ficando abaixo dos 50,1% observados em maio de 2019.
Em maio, as taxas líquidas de ocupação-cama mais elevadas registaram-se na RA Madeira (68,0%) e na AM Lisboa (59,2%), correspondendo também aos maiores acréscimos neste indicador (+43,6 p.p. e +39,2 p.p., respetivamente).
A taxa líquida de ocupação-quarto nos estabelecimentos de alojamento turístico (58,8%) aumentou 32,5 p.p. em maio (+38,2 p.p. em abril), aproximando-se do valor atingido em maio de 2019 (59,6%).
Proveitos aumentaram cerca de 12% face a maio de 2019
Os proveitos totais atingiram 456,1 milhões de euros e cresceram 264,3% e os proveitos de aposento corresponderam a 338,4 milhões de euros (+275,1%). Comparando com maio de 2019, registaram-se aumentos de 11,8% e 11,9%, respetivamente.
No conjunto dos primeiros cinco meses de 2022, os proveitos cresceram 436,6% no total e 437,0% relativos a aposento, em comparação com o mesmo período de 2021. Comparando com o mesmo período de 2019, registaram-se aumentos de 0,5% e 1,5%, respetivamente.
A AM Lisboa concentrou 32,7% dos proveitos totais e 34,6% dos relativos a aposento em maio, seguindo-se o Algarve (26,1% e 24,6%, respetivamente) e o Norte (16,1% e 16,6%, pela mesma ordem).
Entre janeiro e maio, a evolução dos proveitos foi positiva nos três segmentos de alojamento.
Comparando com o período de janeiro a maio de 2019, os proveitos totais na hotelaria diminuíram 1,0% e os de aposento registaram variação nula (pesos de 87,6% e 85,7% no total do alojamento turístico, pela mesma ordem). Nos estabelecimentos de alojamento local (quotas de 8,7% e 10,5%), registaram-se subidas de 0,8% e 1,0%, e no turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 3,7% e 3,8%) os aumentos atingiram 54,8% e 54,4%, respetivamente.
No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) atingiu 56,5 euros em maio, tendo aumentado 177,7% face a maio de 2021 (+373,8% em abril) e 8,0% em comparação com o mesmo mês de 2019.
Os valores de RevPAR mais elevados foram registados na AM Lisboa (89,7 euros) e RA Madeira (65,2 euros).
Este indicador aumentou 228,1% desde o início do ano, com crescimentos de 240,8% na hotelaria, 219,3% no alojamento local e 68,4% no turismo no espaço rural e de habitação.
No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 96,1 euros em maio, tendo crescido 24,4% em relação a maio de 2021 (+49,5% em abril). Face a maio de 2019, o ADR aumentou 9,4%.