A Ambitur retoma a conversa com as várias associações nacionais ligadas ao setor do turismo para conhecer melhor o trabalho que estas têm feito durante a pandemia da Covid-19.
Na Apecate – Associação Portuguesa de Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos o cenário é de pessimismo. António Marques Vidal, presidente da direção da associação, explica à Ambitur.pt a atual situação é de um setor dos eventos e congressos “quase parado” e os meses de verão, adianta, “não tiveram um impacto positivo”, assistindo-se à realização de um número muito reduzido de eventos.
Já no setor da animação turística, sobretudo no que diz respeito ao segmento marítimo-turístico, o impacto já foi mais positivo mas, ainda assim, “em muitos casos, ainda insuficiente para a sustentabilidade das empresas, principalmente as que operam nas cidades”, indica o responsável. E acrescenta que o cidadão português ainda não consome este tipo de produto em quantidade, e os estrangeiros não conseguem estabilidade para chegar ao nosso país.
Por tudo isso António Marques Vidal não tem dúvidas: “O cenário é desastroso”. E esclarece: “Com nenhuma ou muito pouca recuperação, as empresas não puderam ganhar margem para aguentar mais estes meses sem apoios”.
Pensando para a frente, o presidente da Apecate admite que “os próximos quatro meses vão ser de muito sofrimento” já que “mais de 60% das empresas prevê despedir e mais de 30% pensa fechar”. O dirigente associativo garante que “sem os apoios do Governo, o setor vai parar”. E nem as inovações que estes setores têm conseguido trazer para o seu negócio trazem alento pois “sem clientes não vamos superar a crise e essa revolução e adesão aos novos modelos ainda tem de fazer o seu caminho”.