No centro histórico da cidade alentejana, no antigo Convento de São Paulo, que depois da extinção das ordens religiosas se tornou tribunal militar, vai nascer um novo hotel: o Vila Galé Elvas. O projeto foi apresentado na sexta-feira, pelo presidente da administração do grupo hoteleiro, Jorge Rebelo de Almeida, na Câmara Municipal da região, onde se deu a assinatura do contrato de exploração. O ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, e a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho estiveram presentes.
“Esta é uma daquelas circunstâncias em que me sinto muito feliz por ser português”, começou por dizer Jorge Rebelo de Almeida, acrescentando que “a Vila Galé tem que ter desafios e se há coisa maravilhosa, é o Alentejo”. Para o presidente do grupo, “as empresas que estão bem na vida têm a obrigação de fazer coisas públicas e que não são tão óbvias”, nomeadamente, a criação desta unidade em Elvas. “Se todos nós nos envolvermos neste projeto, vai ser um grande destino, tal como foi com Évora”, destacou. Além disso, sublinhou que “Elvas é uma cidade que tem uma oferta hoteleira escassa e que precisa de algum dinamismo”.
Também o presidente da Câmara de Elvas, Nuno Mocinhas, se mostrou entusiasmado referindo ser “com muito gosto que temos esta empresa no nosso concelho”, com a esperança de que “se envolva para além do convento”.
O grupo Vila Galé vai investir cerca de cinco milhões de euros no futuro hotel, que vai ter 64 quatros, dois restaurantes, um bar e uma adega, piscina exterior, Spa com piscina interior e ainda, um salão de eventos. Uma iniciativa que vai gerar entre 25 a 30 novos postos de trabalho na região.
O Convento de São Paulo foi construído entre os séculos XVII e XVIII. Depois da extinção das ordens religiosas foi Tribunal Militar até 2004. A estrutura, já em degradação, foi a primeira a ter assinado o contrato de exploração do projeto Revive, promovido pelo Ministério da Economia, da Cultura e das Finanças, em que se abriu o património ao investimento privado para desenvolvimento de projetos turísticos.
O Ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, presente na ocasião, referiu que “o Grupo Vila Galé ensina-nos que o turismo faz-se. Estou certo que ninguém se vai enganar, vamos fazer deste projeto um projeto vencedor para a Vila Galé e para o país”. Ressaltando ainda que “este é o primeiro projeto assinado de uma série, mas queremos ter mais assinados até ao fim do ano. Não podemos deixar o património degradar-se”.
Neste sentido, o presidente do grupo Vila Galé afirmou que “o turismo não é o salvador da pátria, mas é um pilar importante da economia”, e que “contribuir para o desenvolvimento do interior, assim como “recuperar o património, é um dever de todos nós”.
“O Alentejo já tem tudo aqui, só temos que mostrá-lo. Ainda não é um destino, apesar de já ser reconhecido, temos muito trabalho a fazer”, frisou Jorge Rebelo de Almeida. Adiantou ainda que uma das possíveis iniciativas para dinamizar a região é a “recuperação do turismo equestre”, isto porque, “temos uma coisa maravilhosa que é o cavalo lusitano.”
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