O Grupo Expedia acaba de divulgar o seu mais recente relatório sobre as tendências de recuperação das viagens que explica de que forma a indústria das viagens e os viajantes demonstraram a sua resiliência no quarto trimestre quando confrontados com circunstâncias pandémicas imprevisíveis, tais como a emergência da Ómicron. O relatório diz respeito aos viajantes da região da EMEA – Europa, Médio Oriente e África.
1. Ómicron teve impacto mas a recuperação não parou
Segundo a Expedia, parece que a chegada da Ómicron atenuou o interesse nas viagens na EMEA até certa medida, com as pesquisas a caírem 35% face ao trimestre anterior. Contudo, muitas pesquisas que tiveram lugar no terceiro trimestre eram de pessoas que reservavam antecipadamente para o período de férias do Natal, e muita dessa procura já fora correspondida quando o quarto trimestre começou. Mais animadora foi o regresso ao quarto trimestre de 2020, com os volumes de pesquisa no quarto trimestre de 2021 a subirem quase 120% comparativamente, e a procura em termos homólogos por alojamento a assistir a um crescimento de três dígitos.
Olhar para quando os viajantes da EMEA pesquisavam e reservavam viagens confirma uma maior resiliência e uma perspertiva cada vez mais positiva. A procura no quarto trimestre por parte dos mercados da EMEA foi dirigiu-se mais para viagens no final de 2022, com 10% das reservas de voos e de hotéis para viagens em abril ou posteriormente – a maior percentagem de qualquer das regiões. Na verdade, as pesquisas para viagens a mais de um mês de distância aumentaram 30% na EMEA em comparação com o terceiro trimestre. Além disso, como é possível vermos a nível global, as taxas de cancelamento de alojamento diminuíram durante o trimestre, já que as pessoas continuaram a viajar apesar da Ómicron e outros desafios.
2. As cidades europeias continuaram a dominar
As listas dos 10 destinos mais pesquisados e mais reservados por parte dos viajantes da EMEA ficaram ambas apenas constituídas por cidades no quarto trimestre. Destas, apenas uma era fora da Europa na região da EMEA (Dubai), e apenas uma era totalmente fora da EMEA (Nova Iorque). Com o fim do verão, vemos destinos de praia como Antália e Palma de Maiorca a saírem da lista dos mais pesquisados do terceiro trimestre, sendo substituídos por Estocolmo e Nova Iorque. Em termos de reservas, verificou-se somente uma mudança em relação ao terceiro trimestre, com Amesterdão a substituir Edimburgo.
Contudo, e sem surpresas, a história é diferente quando olhamos especificamente para as reservas de alojamento local. Com base nas reservas feitas pela marca Vrbo do Grupo Expedia, algumas cidades surgem no Top 10 – nomeadamente, Paris e Londres – mas os restantes são destinos de sol ou ski, como Playa Blanca nas Canárias ou Bourg-Saint-Maurice nos Alpes Franceses. O desejo de refúgios de sol também explica os dois destinos da lista localizados na Florida: Kissimmee (perto de Orlando) e Davenport.
3. Tencionavam gastar mais mas valorizaram flexibilidade
O Traveler Value Index: 2022 Outlook da Expedia avaliaram o sentimento dos consumidores nos três principais mercados chave da EMEA: França, Alemanha e o Reino Unido, juntamente com outros cinco mercados globais. O estudo descobriu que 54% dos viajantes planearam gastar mais em viagens do que antes da pandemia, e o número antecipado para os três mercados europeus era de 1660 dólares para França, 1830 dólares para o Reino Unido e 2060 dólares para a Alemanha (um valor que é alinhado com os mercados norte-americanos dos EUA e do Canadá). Mas aquilo que o estudo também descobriu foi que os viajantes da EMEA estavam mais interessados do que outros mercados na garantia em torno do consumo; por exemplo, um terço dos inquiridos classificaram a flexibilidade (por exemplo, cancelamento grátis e nada de taxas de cancelamento) como o fator mais importante na reserva de voos, considerando-o a oferta mais popular à frente de descontos, upgrades ou ligações convenientes.