O setor do alojamento turístico registou 3,2 milhões de hóspedes e 8,8 milhões de dormidas em julho de 2023, correspondendo a crescimentos de 4,1% e 1,3%, respetivamente (+6,9% e +3,6% em junho de 2023). Face a julho de 2019, registaram-se crescimentos de 10,7% nos hóspedes e 6,7% nas dormidas.
Em julho, as dormidas geradas pelo mercado interno diminuíram 2,9%, totalizando 2,8 milhões. Os mercados externos totalizaram 6 milhões de dormidas (+3,4%). Face a julho de 2019, registaram-se aumentos de 11,5% nas dormidas de residentes e 4,6% nas de não residentes.
O mercado espanhol representou 11,7% das dormidas de não residentes, decrescendo 0,6% face a julho de 2019, sendo o segundo principal mercado, após o britânico (quota de 18,9%; +4,7% comparando com julho de 2019).
As dormidas na RA Açores e no Algarve registaram descidas (-2,8% e -1,8%, respetivamente) pela primeira vez desde março de 2021. Na RA Madeira, as dormidas diminuíram pelo segundo mês consecutivo (-1,3%), após o período de crescimento que se iniciou em abril de 2021. Face a julho de 2019, as dormidas no Algarve continuaram a decrescer (-6,0%, -7,4% em junho). Os maiores crescimentos, face a julho de 2019, verificaram-se no Norte (+21,7%) e na RA Madeira (+21,1%).
A taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico (59,2%) diminuiu 1,9% em julho (-0,6% em junho). A taxa líquida de ocupação-quarto (67%) decresceu 1,4 p.p. (+0,1% em junho). Face a julho de 2019, registou-se um decréscimo de 0,7% na taxa líquida de ocupação-cama e um aumento de 1,5% na taxa líquida de ocupação-quarto.
No período acumulado de janeiro a julho de 2023, as dormidas aumentaram 14,7%, +5,2% nos residentes e +19,4% nos não residentes. Comparando com o mesmo período de 2019, as dormidas cresceram 9,8%, +12,7% nos residentes e +8,6% nos não residentes.
Em julho, 11,2% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes (15,2% em junho).
Dormidas na hotelaria decrescem pela primeira vez desde março de 2021
As dormidas na hotelaria (80,4% do total) diminuíram 0,2% (+4,7% face a julho de 2019), registando-se o primeiro decréscimo desde março de 2021. As dormidas nos estabelecimentos de alojamento local (peso de 15% do total) cresceram 8% (+8,6% face a julho de 2019) e as de turismo no espaço rural e de habitação (quota de 4,6%) aumentaram 8,5% (+46,1%, comparando com julho de 2019).
Dormidas de estrangeiros continuam a crescer, mas há mercados a contrariar tendência
Entre os dezassete principais mercados emissores (86,8% do total de dormidas de não residentes), o Canadá e os Estados Unidos continuaram a ser os mercados que mais cresceram (+31,4% e +14,2%, respetivamente), face a julho de 2022. A Finlândia e a Bélgica registaram os maiores decréscimos nas dormidas (-23,9% e -14,6%, respetivamente).
O mercado espanhol (quota de 11,7%) diminuiu 0,6%, tendo sido, tal como no ano anterior, o segundo principal mercado no mês de julho, à frente do alemão (quota de 9,1%), que diminuiu 3,3%. O mercado francês (quota de 8%) também diminuiu (-0,3%). Os mercados norte americano e canadiano continuaram a destacar-se, com crescimentos de 58,0% e 42,4%, respetivamente, face a julho de 2019. Os maiores decréscimos, que se acentuaram face a junho, observaram-se nas dormidas de hóspedes finlandeses (-30,6%) e brasileiros (-27,4%).
Dormidas por regiões
Em julho, as regiões com maiores crescimentos foram o Alentejo (+8,6%), o Norte (+6,4%) e o Centro (+4,8%).
Comparando com julho de 2019, o Algarve continuou a registar um decréscimo (-6%, -7,4% em junho). Nas restantes regiões, continuaram a registar-se crescimentos, que tiveram maior expressão no Norte (+21,7%) e na RA Madeira (+21,1%).
Ainda face a julho de 2019, as dormidas de residentes registaram um decréscimo na RA Açores (-13,3%), pela primeira vez desde agosto de 2022. No Algarve, as dormidas também diminuíram face a 2019 (-4,1%), enquanto a RA Madeira continuou a destacar-se com um crescimento de 41,5%, seguindo-se o Centro (+24,4%) e o Norte (+23,4%). O Algarve foi a única região onde as dormidas de não residentes continuaram a registar decréscimos face a 2019 (-6,8%). Os maiores crescimentos registaram-se no Norte (+20,7%), na RA Açores (+18%) e na RA Madeira (+17,6%).
Estada média diminuiu em todas as regiões, exceto Norte e Açores
Em julho, a estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,78 noites) diminuiu 2,7% (-3,1% em junho). O Norte e RA Açores foram a exceção, sendo as únicas regiões com aumentos, ainda que ligeiros, da estada média (+0,4% e +0,1%, respetivamente).
A estada média dos residentes (2,29 noites) diminuiu 4,3% e a dos não residentes (3,09 noites) decresceu 2,3%.
Os valores mais elevados deste indicador verificaram-se na RA Madeira (4,81 noites) e no Algarve (4,24 noites), tendo as estadias mais curtas ocorrido no Centro (1,95 noites) e no Norte (2,05 noites).
Taxas líquidas de ocupação diminuíram face a 2022
A taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico (59,2%) diminuiu 1,9% em julho (-0,6% em junho), tendo ficado, pelo segundo mês consecutivo, abaixo do valor observado em 2019 (-0,7%).
Em julho, as taxas de ocupação-cama mais elevadas registaram-se na RA Madeira (71,8%), no Algarve (68,5%) e na AM Lisboa (63,9%). Todas as regiões registaram reduções, que foram mais expressivas na RA Açores e na AM Lisboa (-6,7% e -3,1%, respetivamente).
A taxa líquida de ocupação-quarto nos estabelecimentos de alojamento turístico (67,0%) diminuiu 1,4% (+0,1% em junho), mas ficou acima do valor observado em 2019 (+1,5%).