No 3º trimestre de 2021, os residentes em Portugal realizaram 7,7 milhões de viagens, o que correspondeu a um acréscimo de 21,3% (-11,1% face ao 3ºT 2019), segundo divulga o INE hoje. No trimestre anterior tinham registado uma variação homóloga de +83,9%. Foram realizadas 454,8 mil viagens com destino ao estrangeiro (+180,9% face ao 3ºT 2020; -57,2% quando comparado com o 3ºT 2019), correspondendo a 5,9% do total (12,3% no 3ºT 2019). As viagens em território nacional cresceram 17,1% (-4,6% face ao 3ºT 2019) totalizando 7,3 milhões, o que correspondeu a 94,1% do total (-3,4 p.p. face a 2020, mas +6,4 p.p. face a igual período de 2019). Em ambos os casos os valores registados no 3ºT 2021 corresponderam aos mais elevados desde o início da pandemia.
O “lazer, recreio ou férias” manteve-se como a principal motivação para viajar no 3º trimestre de 2021 (5,4 milhões de viagens, +20,9%; -6,2% face ao 3ºT 2019), tendo a sua representatividade registado um ligeiro decréscimo em 0,2 p.p. (69,8% do total). Inversamente, a “visita a familiares ou amigos” reforçou a sua representatividade (25,0% do total, +0,6 p.p.), sendo o segundo principal motivo das deslocações efetuadas (1,9 milhões de viagens, +24,4%; -16,2% quando comparado com o mesmo período de 2019).
Os “hotéis e similares” concentraram 29,3% das dormidas resultantes das viagens turísticas no 3º trimestre de 2021, reforçando o seu peso no total (+4,3 p.p.). O “alojamento particular gratuito” manteve-se como a principal opção (56,6% das dormidas, -4,4 p.p.).
No processo de organização das deslocações, a internet foi utilizada em 25,3% dos casos (+0,6 p.p.), tendo este recurso sido opção em 65,4% (+4,8 p.p.) das viagens para o estrangeiro e em 22,8% (-1,0 p.p.) das viagens em território nacional.
Número de viagens aumentou embora com menor intensidade
No 3º trimestre de 2021, os residentes em Portugal realizaram 7,7 milhões de viagens, o que correspondeu a um acréscimo de 21,3% face ao período homólogo (+83,9% no 2ºT 2021), no entanto, ainda abaixo dos valores registados no mesmo trimestre de 2019 (-11,1%, período onde se realizaram 8,7 milhões de viagens).
O número de viagens aumentou em todos os meses do trimestre: +31,7% em julho, +13,3% em agosto e +25,9% em setembro (+344,2%, +87,3% e +31,2% em abril, maio e junho, respetivamente).
No 3º trimestre de 2021, as viagens em território nacional corresponderam a 94,1% das deslocações efetuadas (96,9% no 2ºT 2021; 87,7% no 3ºT 2019), registando-se um acréscimo de 17,1% face ao período homólogo (-4,6% face ao mesmo período de 2019; +79,3% no 2ºT 2021). Numa análise mensal, verificaram-se variações de +28,8% em julho, +10,1% em agosto e +17,8% em setembro. As viagens turísticas com destino ao estrangeiro registaram o valor mais elevado desde o início da pandemia, correspondendo a 454,8 mil viagens (+180,9% face ao período homólogo e -57,2% face a igual período de 2019; +802,7% no 2ºT 2021), representando 5,9% do total (3,1% no 2ºT 2021; 12,3% no 3ºT 2019).
O “lazer, recreio ou férias” manteve-se como a principal motivação para viajar no 3º trimestre de 2021 (5,4
milhões de viagens, +20,9%; -6,2% face ao 3ºT de 2019), tendo a sua representatividade diminuído
ligeiramente (69,8% do total, -0,2 p.p.). O motivo “visita a familiares ou amigos” correspondeu a 1,9 milhões
de viagens (25,0% do total, +0,6 p.p.), correspondendo a um acréscimo de 24,4% (-16,2% comparando com o mesmo período de 2019; +110,8% no 2ºT 2021). As viagens por motivos “profissionais ou de negócios” (206,2 mil) aumentaram 20,2% (-40,8% face a 2019; +50,3% no 2ºT 2021), não se tendo alterado a sua preponderância (2,7% do total).
Viagens por razões “lazer, recreio ou férias” aumentaram a sua preponderância nas viagens ao estrangeiro
Por destino, manteve-se a predominância das viagens para “Lazer, recreio ou férias”, que concentrou 70,5% das deslocações nacionais (-0,3 p.p.) e 58,8% das deslocações ao estrangeiro (+18,9 p.p.). A “visita a familiares ou amigos” foi o segundo principal motivo das deslocações efetuadas, correspondendo a 25,0% (+0,9 p.p.) em território nacional e a 26,0% (-10,4 p.p.) ao estrangeiro.
Recurso à internet com ligeiro ganho de expressão na organização de viagens
No 3º trimestre de 2021, 41,8% das viagens foram efetuadas recorrendo à marcação prévia de serviços (+2,8 p.p.), proporção que atingiu 83,2% (+6,4 p.p.) no caso de deslocações com destino ao estrangeiro. Nas viagens em território nacional, a reserva antecipada de serviços esteve associada a 39,2% das viagens (+1,2 p.p.).
A internet foi utilizada no processo de organização de 25,3% das deslocações (+0,6 p.p.), tendo este recurso sido opção em 65,4% (+4,8 p.p.) das viagens para o estrangeiro e 22,8% (-1,0 p.p.) das viagens em território nacional.
“Hotéis e similares” reforçaram representatividade pelo segundo trimestre consecutivo
Os “hotéis e similares” concentraram 29,3% das dormidas resultantes das viagens turísticas no 3º trimestre de 2021, registando um ganho na sua representatividade (+4,3 p.p.), pelo segundo trimestre consecutivo. O “alojamento particular gratuito” manteve-se como a principal opção de alojamento (56,6% das dormidas), embora tenha diminuído o seu peso no total (-4,4 p.p.).
Redução no número médio de noites por turista face a 2020, mas aumento quando comparado com 2019
No 3º trimestre de 2021, cada turista residente dormiu, em média, 8,24 noites nas viagens turísticas realizadas (-1,9%; 8,41 noites no 3ºT 2020; 7,80 noites no 3ºT 2019). A duração média mais elevada foi observada nas viagens realizadas em agosto (9,26 noites).
Aumento da proporção de turistas no trimestre
A proporção de residentes que realizou pelo menos uma deslocação turística no 3º trimestre de 2021 foi
39,4%, refletindo um acréscimo de 6,6 p.p. face ao mesmo período do ano anterior (42,3% no 3ºT 2019).
Neste trimestre, todos os meses registaram acréscimos homólogos em termos da percentagem de residentes que viajaram (+3,1 p.p., +3,4 p.p. e +3,1 p.p., nos meses de julho, agosto e setembro, respetivamente). Face ao 3ºT 2019, essas proporções ficaram ainda abaixo dos níveis desse período: -2,8 p.p. em julho, -2,3 p.p. em agosto e -1,1 p.p. em setembro.