A região de Lisboa, considerando a linha de Cascais-Sintra, representa para a Vila Galé cerca de 30%. A expectativa de Gonçalo Rebelo de Almeida, administrador do grupo, é de que, assim que sejam “abertas as rotas”, a capital portuguesa esteja “preparada” para voltar a receber os mercados internacionais.
O responsável, que falava no webinar “Lisboa no Horizonte”, promovido pela Ambitur e que teve o apoio da Entidade Regional de Turismo de Lisboa (ERT Lisboa), acredita que a capital de Portugal, que já estava “muito bem posicionada” na “captação de mercado externo”, poderá sair em desvantagem devido à “componente de eventos e congressos”, acreditando que, neste segmento, será uma “recuperação” mais lenta. No entanto, o que poderá dar sinais mais rápidos na retoma será o corporate “nacional” ou o “individual internacional”, assim como o “turismo de lazer” e os “city-breaks”. Já tudo aquilo que sejam “aglomerados”, como grupos, ajuntamentos, tours ou circuitos, Gonçalo Rebelo Almeida perspetiva que possam retomar no fim do ano.
Como vai a Vila Galé acompanhar o cliente?
É com base nas orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS), da Direção Geral da Saúde (DGS) e do Turismo de Portugal (Clean&Safe) que a Vila Galé se tem guiado naquelas que são as medidas a aplicar. O plano assenta nos princípios de distanciamento social, utilização de equipamentos de proteção e reforço de medidas de higiene e segurança.
No que se refere às medidas de higiene e segurança, a hotelaria sempre teve “muito cuidado”, além de que é uma “rubrica” considerada importante pelos clientes do ponto de vista da “experiência da unidade”. No entanto, o gestor destaca ainda a obrigação de utilização de equipamentos de proteção individual: “Cada solução terá o seu equipamento definido”, refere o responsável, acrescentando que será “recomendado a todos os hóspedes o uso de máscara” em zonas públicas da unidade, havendo também a “presença” massiva de desinfetantes. Já sobre o distanciamento de segurança, a Vila Galé vai adaptar os espaços de refeição com o afastamento de mesas. Também foi “acelerado” o processo em curso de desenvolvimento de plataformas digitais , de forma a que vários atos administrativos sejam contactless, permitindo, por exemplo, fazer o check-in e check-out online, consultar o menu ou responder a questionários. O “conceito paper free”, que assentava em “desmaterializar tudo o que eram processos no hotel”, foi assim acelerado, podendo mesmo ser uma tendência: “Pode ser estrutural no setor. Uma vez desenvolvido, há ganhos do ponto de vista da produtividade e uma melhoria de experiência em ter um conjunto de informações do hotel no telemóvel”, refere o responsável, sublinhando que se trata de um “investimento para o resto da vida”.
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