A Ambitur.pt continua com esta rubrica dedicada à Rota Vicentina que tem como missão convidar os nossos leitores a embarcarem numa viagem pelo Sudoeste e a conhecerem de perto o que é possível ver e viver nesta região. E quem melhor do que os empresários locais para mostrarem o que a Rota Vicentina tem de melhor? Por isso estamos hoje com Mariana e Tomás Malpique, proprietários e gerentes da Casa do Lado, em Vila Nova de Milfontes.
Quem são os proprietários desta unidade de alojamento?
Somos o Tomás e a Mariana, somos irmãos e vivemos em Vila Nova de Milfontes, a nossa terra natal. Depois de alguns anos fora, participando em diferentes projetos, decidimos voltar ao sítio onde crescemos. No Branco de Cal, e na Casa do Lado, estão refletidos os nossos interesses e a paixão por esta região.
Como surgiu o interesse em explorar este negócio? O que esta região tem de tão especial?
Surgiu de maneira muito natural, uma vez que é a nossa terra natal e onde crescemos. O nosso pai já tinha começado o projeto com uma casa para alugar, e nós pegámos nele e fomos desenvolvendo e crescendo. Esta região é especial por termos crescido aqui, e ser a nossa casa. Mas também pela paisagem, flora, fauna, pessoas e cultura. Sentimos que fazemos parte desta comunidade.
Como contribui a Rota Vicentina para o desenvolvimento turístico da região?
A Rota Vicentina contribui para o desenvolvimento turístico com os trilhos pedestres que criou, que movem muita gente a visitar esta região ao longo de quase todo o ano. Além disso, cada vez mais mostra ser um promotor da região no geral, da cultura e de valores sustentáveis no turismo, através de ferramentas como a Agenda da Rota Vicentina, a semana ID, o voluntariado ambiental ou a promoção de atividades criadas por locais.
Qual a designação da unidade hoteleira? Qual a sua classificação? A que público(s)-alvo(s) se destina?
A nossa empresa chama-se Branco de Cal e a principal unidade é a Casa do Lado, uma Casa de Campo, com cinco quartos com casa de banho privativa, sala, terraço e jardim. O pequeno-almoço está incluído. Destina-se maioritariamente a casais, uma vez que são cinco quartos duplos e a casa é relativamente pequena. Destina-se também a pessoas que escolhem destinos com menor pegada ecológica, já que temos um enorme cuidado no uso de recursos (água, energia, resíduos) e apostamos na economia circular e valorização do que é local.
Qual a experiência que pretendem proporcionar aos vossos hóspedes? Que serviços vos fazem ser diferentes?
Pretendemos proporcionar uma estadia confortável e tranquila. O que nos diferencia é o facto de ser um alojamento pequeno, o que nos dá a possibilidade de dar muita atenção a cada hóspede. Somos nós os dois a receber as pessoas e a servir o pequeno-almoço todos os dias. Também servimos jantares em alguns dias. O ambiente que criamos é íntimo e calmo, onde o hóspede pode conhecer-nos e usufruir do que temos para partilhar sobre a região.
Que cuidados ao nível do atendimento do cliente a vossa unidade não deixa escapar?
Estamos atentos a cada cliente e fazemos um serviço o mais personalizado possível. Damos a cada um o que sentimos que ele precisa, em vez de termos um atendimento padrão para todos. Isso pode significar que a umas pessoas damos muitas dicas e sugestões e somos mais comunicativos, e com outras respeitamos o espaço que percebemos ser desejado.
O que se destaca nos quartos e sua decoração? Que categorias oferecem ao mercado?
Todos os quartos são diferentes, tanto em tamanho, como na decoração. Recorremos a mobiliário antigo único, portas de madeira antigas remodeladas e outras peças a que demos uma nova vida. Isto dá a cada quarto uma personalidade diferente que reflete um dos traços nosso Pai, um colecionador de velharias, mas também a formação do Tomás como designer. Pela casa, estão espalhadas obras de arte feitas pela nossa irmã Laura, que é uma artista/ceramista. A arquitetura e design da Casa foi pensada por nós em família, cada detalhe, cada candeeiro, cada azulejo, cada quadro, etc. Temos aquecimento central com chão radiante, que confere à Casa um conforto térmico perfeito nos dias mais frios.
Ao nível das zonas públicas, como a unidade envolve o hóspede?
Nas zonas comuns da Casa as pessoas podem optar pelo terraço, pelo jardim ou pela sala. Como temos poucos hóspedes, estes espaços proporcionam sossego e calma. Temos um Honesty Bar e oferta de fruta, chá, café e água de nascente. Por toda a Casa temos livros e objetos que promovem o nosso território e cultura, mas também o nosso país, com traduções de poetas e escritores portugueses, guias de natureza, peças de artesãos locais etc. Temos lugar para secar as toalhas de praia e fatos de surf.
Têm serviço de restauração, que ambiente ali é recriado?
Os jantares são servidos no pátio, num ambiente íntimo, composto por apenas cinco mesas, onde reina a tranquilidade. Noites para levar com calma, apreciar boa comida acompanhada por um bom vinho. O jantar é ditado pelo que de mais fresco e aliciante a Mariana encontrou na zona, ingredientes nacionais, sazonais e frescos. Menu surpresa composto por entradas, um prato principal e uma sobremesa. Também inclui cesta de pão caseiro feito pela Mariana e água da nascente. Deve ser reservado com pelo menos um dia de antecedência.
Têm sugestões/programas do que os vossos clientes podem fazer na região onde se inserem?
Partilhamos um link com os nossos hóspedes com truques e sugestões úteis. Inclui sugestões de praias, restaurantes, sítios para explorar, atividades e links como o da Agenda da Rota Vicentina, do Lavrar o Mar ou da Agenda da Câmara Municipal de Odemira.
Créditos fotografias Fábio Mestrinho/Rota Vicentina®