Depois de quase dois anos de pandemia que levaram o setor do turismo e das viagens a fazer uma paragem forçada, parece finalmente haver uma luz ao fundo do túnel. E para a Olimar as expectativas são animadoras. Oliver Zahn, CEO da Portimar, responsável pelos produtos turísticos da Olimar, indica à Ambitur.pt que “a normalidade já regressou às vendas nas últimas semanas”. Isto embora restem ainda algumas incertezas, com possíveis cancelamentos a curto prazo, até porque “muitos clientes escolheram uma opção de cancelamento até 14 dias antes da partida por uma pequena taxa”.
Para 2022, a previsão é de que a Olimar alcance o objetivo de 70% dos resultados de 2019 a nível de clientes e de cerca de 75% da faturação. Atualmente, diz-nos Oliver Zahn, a entrada de reservas excede os números de 2019 mas admite que o inverno ficou “claramente abaixo” e que se espera “falta de disponibilidade para o verão”. Em 2021, a faturação da Olimar atingiu os 24 milhões de euros e 38 mil clientes, sendo que, este ano, a meta são os 50 milhões de euros de faturação e os 75 mil clientes.
[blockquote style=”1″]Em 2021, a faturação da Olimar atingiu os 24 milhões de euros e 38 mil clientes, sendo que, este ano, a meta são os 50 milhões de euros de faturação e os 75 mil clientes.[/blockquote]
Além disso, a Olimar não está parada e são algumas as novidades que está já a preparar, nomeadamente investimentos em garantias de voos e camas, através de contratos de garantia para assegurar a disponibilidade e preços; investimento num aldeamento próprio no Algarve, mais concretamente o Vila Palmeira, em Lagos; investimentos em Marketing, com novo conceito de catálogos; e ainda investimentos em pessoal e tecnologia.
Ao nível da oferta, as apostas da Olimar continuam nos circuitos e pacotes temáticos (cultura, gastronomia e ativo) e nos destinos de elevada procura, como o Algarve, Madeira e Porto Santo. E desde meados de janeiro já “há um aumento significativo” da procura na Alemanha, para todos os destinos e produtos. “Aparentemente, as pessoas esperaram para ver o que acontece com as infeções e estão agora a cobrir a sua procura reprimida”.
Numa análise ao mercado, Oliver Zahn esclarece que o mercado alemão foi reconhecido, no passado, pela tendência de vendas antecipadas. Mas “houve uma mudança porque os meses de dezembro e janeiro foram influenciados pelos impactos da pandemia”. No entanto, estas primeiras semanas de 2022 já denunciam uma recuperação, com as pessoas quererem assegurar disponibilidades e ofertas de early booking. “De qualquer maneira, o Last Minute vai-se manter este ano porque ainda há pessoas que querem decidir apenas pouco antes da viagem, por razões de Covid (só querem viajar se tudo é seguro). O problema vai ser falta de disponibilidade”, frisa o responsável.
[blockquote style=”1″]”O Last Minute vai-se manter este ano porque ainda há pessoas que querem decidir apenas pouco antes da viagem, por razões de Covid (só querem viajar se tudo é seguro). O problema vai ser falta de disponibilidade”.[/blockquote]
Oliver Zahn reconhece à Ambitur.pt que no atual contexto, “é inevitável” o aumento do preço médio das viagens, algo que fica a dever-se não só a inflação como ao aumento dos custos de contexto e dos gastos relacionados com recursos humanos. “Muitos preços irão subir, o que torna tudo isto perigoso. As pessoas têm que dispor dos seus orçamentos, o que definitivamente tem impacto numa redução das despesas para viagens”, explica.