O Pestana Hotel Group manifesta a sua profunda preocupação relativamente às obras de alargamento e aprofundamento do canal marítimo de acesso ao Porto de Setúbal, pela dimensão da intervenção e suas possíveis consequências ambientais sobre o Estuário do Sado e a Península de Troia.
Tudo indica que o Estudo de Impacto Ambiental que sustenta este projeto valoriza mais os aspetos económicos e o interesse industrial, relegando para segundo plano consequências como o depósito de sedimentos frente a zonas balneares onde se inserem diversos complexos turísticos, o desassoreamento das praias, a afetação das colónias de golfinhos e a destruição de fundos e reservas de pesca.
Existe ainda a possibilidade de contaminação dos locais intervencionados por dragados contaminados o que, certamente, terá fortes consequências ambientais e económicas para a atividade turística, não só em Setúbal, como em Troia e na Arrábida.
“Não se percebe como um projeto com este impacto ambiental está a avançar, tendo em conta que, até à data, todos os projetos turísticos desenvolvidos na região foram submetidos a rigorosas restrições ambientais, em função da sua inserção ou proximidade com a Reserva Ecológica ou Rede Natura 2000. Foram impostas, e aceites, grandes limitações no que respeita ao impacto nesta região tão sensível; isto apesar de, obviamente, não serem geradores de quaisquer fatores de poluição”, afirma José Roquette, chief development officer do Pestana Hotel Group, concluindo ser “incompreensível, e de enorme irresponsabilidade, que se ponha em risco todo o ecossistema do estuário do Sado e da península de Troia”.