O PHC Hotels fechou 2023 com receitas de 21 milhões de euros (sem incluir a operação da sua mais recente atividade, o Convent Square Lisbon – Vignette Collection). Num almoço com a imprensa, Miguel Andrade, diretor de operações do grupo, confirmou que o último ano foi “ótimo e de estabilização no ADR e no RevPAR”, estes valores que cresceram 36% e 24%, respetivamente, em relação a 2019.
Mostrando-se “bastante satisfeito com os crescimentos das receitas”, para 2024 o grupo espera atingir os 24 milhões de euros, um crescimento de ADR de 8% e uma subida de RevPAR de 11%. Em geral, face ao mesmo período do ano passado, o “on the books” para este ano está acima.
Ao nível das reservas, as ota’s estão a perder peso, sendo que no mais recente hotel, o Convent Square, 70% das reservas são feitas através de canais diretos, impulsionadas pela marca da InterContinental. No caso do hotel Mundial, o peso das ota’s e dos canais diretos é praticamente a mesma, entre os 30% a 40% cada.
Em relação ao Convent Square Lisbon – Vignette Collection, que abriu em agosto de 2023, o ADR até dezembro foi de 240 euros, com “um arranque muito bom”, até no início de 2024, que no primeiro trimestre espera alcançar os 200 euros de preço médio. No novo ano, o grupo espera faturar com esta unidade 11 milhões de euros, naquele que será o primeiro ano de operação em pleno. Por sua vez, a taxa de ocupação espera-se na ordem dos 70%, com o ADR a aproximar-se dos 270 euros.
O mercado americano continua a ser o principal emissor das unidades PHC, com destaque ainda para os mercados alemão e britânico, essencialmente no Convent Square, e para os mercados canadiano e brasileiro no hotel Mundial.
Requalificação do hotel Mundial arranca em maio
Como já havia sido noticiado no ano passado, o hotel Mundial vai entrar num período de requalificação, que representa um investimento na ordem dos 17 milhões de euros. As obras arrancam já em maio, a começar com a intervenção nas áreas principais do hotel, no piso 0, como é o caso do lobby e da receção que serão complementados com acesso a um bar.
Aliando o design dos anos 70 com uma paleta de cores mais frescas e naturais, a decoração trará o “glamour da época”, numa forma de elevar o “patamar de qualidade, liderando o mercado de quatro estrelas na cidade”.
O piso 1 será intervencionado com um fitness center, feito de raiz, e com o acréscimo de salas de reunião, totalizando oito, face à aposta da unidade e do grupo na oferta MICE.
Os quartos serão requalificados a partir de janeiro de 2025, piso por piso, fazendo com que o hotel passe a oferecer 317 quartos, dos quais 10% serão suites. A unidade não irá fechar durante as obras.
Outra novidade, mas ainda sem confirmação e pendente de não avançar, será a possível associação do hotel Mundial a uma marca internacional, como aconteceu com o Convent Square. “Estamos a avaliar a melhor marca que faz o melhor fit com o reposicionamento do hotel”, uma marca que será “dentro das grandes marcas globais”, de forma a garantir a distribuição mundial e a “atrair clientes com mais poder”, explicou Miguel Andrade.
Por Diana Fonseca