A Vila Galé vai mesmo avançar com um hotel na Quinta da Cardiga, na Golegã. Jorge Rebelo de Almeida, presidente do grupo hoteleiro português, explicou à imprensa, durante um almoço no Vila Galé Ópera, em Lisboa, que este projeto “está encaminhado e que “é para avançar”. O empresário disse mesmo que “a Câmara Municipal recebeu-nos de braços abertos”, não prevendo assim grandes dificuldades para que a obra possa avançar no final deste ano ainda. Recorde-se que a Quinta da Cardiga está classificada como imóvel de interesse público e foi, em tempos, um castelo templário, sendo constituída por um palácio com cerca de 3500 m2 com 40 quartos, salões, cúpulas e abóbadas arquitetónicas, uma capela com pórtico manuelino, uma torre com três andares do séxulo XII e um jardim voltado para o Tejo.
Em Portugal, o crescimento prossegue com a abertura, já em abril, do emblemático Grande Hotel da Figueira, que voltará a funcionar soba designação de Vila Galé Collection Figueira da Foz, com gestão da Vila Galé. O hotel sofreu uma remodelação profunda de quartos e áreas públicas, e abrirá com 102 quartos, dois restaurantes, bar, piscina exterior e Satsanga Spa & Wellness.
Em Ponte de Lima, o grupo de Jorge Rebelo de Almeida vai investir 20 milhões de euros para reconstruir o Paço do Curutelo, um castelo de 1126, e o transformar no Vila Galé Collection Paço do Curutelo, um projeto de hotel, enoturismo e produção de vinhos verdes. O Vila Galé Collection Paço do Curutelo será uma unidade com 87 quartos, piscinas exteriores para adultos e crianças, Satsanga Spa & Wellness, salão de eventos para 600 pessoas, dois restaurantes, biblioteca, capela e um espaço museológico dedicado à história do local, além de adega e vinha.
Já em Elvas surgirá mais uma unidade que resulta da reabilitação de património histórico, as casas da antiga fábrica da ameixa e os ex-edifícios do aljube eclesiástico e do conselho de guerra. O Vila Galé Casas de Elvas abrirá em abril de 2025, nascendo de um investimento de 10 milhões de euros, e transformado num hotel de 43 quartos, piscina panorâmica, restaurante/bar e salão de evento.
Lá fora, onde a cadeia hoteleira conta com unidades em Espanha, no Brasil e em Cuba, o crescimento também não vai parar. E logo em abril será a vez do Vila Galé Isla Canela, o primeiro hotel da marca no país vizinho, abrir portas, junto à praia com o mesmo nome, na Costa de la Luz, Huelva. Este tudo incluído oferece 300 quartos, duas piscinas, dois restaurantes – o Versátil, com buffet, e uma pizzaria Massa Fina -, três bares Fidélio, Soul & Blues e Splash, Satsanga Spa & Wellness, Clube Nep para as crianças, salas de eventos e lojas. A oferta gastronómica e de animação será muito vocacionada para famílias e casais.
No Brasil, onde Jorge Rebelo de Almeida vê “um potencial de crescimento enorme”, a Vila Galé está já a construir o Vila Galé Collection Ouro Preto – Historic Familiy Resort Hotel, Conference & Spa. Localizado em Cachoeira do Campo, Minas Gerais, o grupo vai recuperar o espaço histórico onde funcionou o primeiro regimento de cavalaria de Portugal no Brasil em 1775 e, posteriormente, o colégio salesiano Dom Bosco. A futura unidade, cuja conclusão está prevista para abril de 2025, terá 298 quartos, dois restaurantes, dois bares, sete salas de convenções, auditório, capela, biblioteca, sala de jogos, Satsanga Spa & Wellness com piscina interior aquecida, clube infantil NEP com parque aquático, quinta e horta pedagógica, lago e slide e ainda plantações de vinha e olival. Este projeto representa um investimento de mais de120 milhões de reais. Este será o primeiro grande resort Vila Galé sem praia no Brasil.
Já no Ceará, a 2 km do Vila Galé Cumbuco, abrirá ainda este ano, o Vila Galé Collection Sunset Cumbuco, com 124 quartos, três restaurantes e bares, Satsanga Spa & Wellness, campo polidesportivo, centro náutico e clube infantil NEP com piscinas e escorregas, num investimento estimado de 80 milhões de reais, sobre a Lagoa de Cauipe e ‘pé na areia’, na praia do Cumbuco.
Em São Luís do Maranhão, Jorge Rebelo de Almeida confirmou que o grupo irá concorrer a mais dois concursos para dois edifícios. E em Alagoas, onde já abriu o Vila Galé Alagoas em 2022, “o projeto correu tão bem que o Governo propôs-nos fazer mais um projeto em Coruripe, a sul de Maceió”. Também o Governo de Belém do Pará, disse o responsável, “nos disse estar com uma necessidade urgentíssima de hotéis”, apontando para um hotel à beira mar que resultará da recuperação de dois grandes armazéns num “projeto fora da caixa” com uma estrutura de vidro e ferro.
A expansão no exterior deverá continuar por terras de Cuba, segundo admitiu Jorge Rebelo de Almeida, que disse estar planeada uma viagem a Havana para análise de projetos, e adiantou o interesse em “recuperar um edifício histórico em Havana”. Para já, o que estará em cima da mesa, é uma torre em Havana, com capacidade para 500 quartos, e a vontade de o grupo Gran Caribe entregar um hotel ao grupo português para gestão. Mas não há ainda nada de concreto, sublinhando o empresário que “Cuba tem perspetivas para crescer”. Neste momento, o grupo está a explorar o Vila Galé Jardines d’el Rey, em Cayo Paredón Grande, m resort “tudo incluído” com 638 quartos, quatro piscinas e sete restaurantes, numa parceria com a Gaviota – Grupo de Turismo, empresa estatal cubana.
Por Inês Gromicho
Vila Galé “à beira de ter um ano que ainda venha a superar 2023”