A Vila Galé apresentou ontem, durante um almoço no Vila Galé Ópera, em Lisboa, os resultados do ano que agora terminou, apontando os recursos humanos como a sua grande aposta para o ano de 2023. Isso mesmo frisou Jorge Rebelo de Almeida, presidente do grupo hoteleiro, que deu conta de que “o grande esforço este ano tem a ver com a área dos recursos humanos”. Começando desde logo pelo aumento de 11% nos salários dos seus 1350 trabalhadores em Portugal, procurando aproximar os salários mais baixos dos mais altos, num investimento que rondará os quatro a 4,5 milhões de euros. Além deste salto, o salário mínimo na Vila Galé passa a estar fixado nos 900 euros, sendo que todos os benefícios já existentes se mantêm, nomeadamente descontos de até 65% nos hotéis da cadeia, seguro de saúde ou prémios anuais de produtividade, entre outros.
Por outro lado, o grupo português tenciona reforçar os planos de formação contínua. Tendo vista a Academia Vila Galé certificada em 2022, este ano surgirão cursos adicionais. Jorge Rebelo de Almeida adianta que haverá também espaço para uma plataforma de formação online, com formações internas com conteúdo próprio, que complementarão as formações externas. A aposta na formação das lideranças também é para manter, frisa.
Tudo a pensar no reforço da competitividade da Vila Galé enquanto força empregadora pois, lembra o hoteleiro, a escassez de mão-de-obra não se resolverá de um dia para o outro, a nível nacional. Jorge Rebelo de Almeida adianta mesmo que “se Portugal não for buscar um milhão de pessoas ao estrangeiro, daqui a 20 anos estará com um problema gravíssimo”.
Por Inês Gromicho