A AHP (Associação da Hotelaria de Portugal) revelou o balanço de 295 estabelecimentos, fixados na cidade de Lisboa e na Área Metropolitana de Lisboa (AML), em relação à Web Summit 2023, que decorreu de 13 a 16 de novembro, no Parque das Nações, e concluiu que a taxa de ocupação quarto superior a 90% desceu face aos resultados do ano anterior.
Só na cidade de Lisboa, este ano, 78% dos inquiridos tiveram uma taxa de ocupação superior a 81%, sendo que em 2022, 97% dos respondentes apontavam esta taxa de ocupação. Houve, porém, mais inquiridos a referir um aumento das taxas de ocupação na ordem dos 50% a 80%.
Na AML, em 2023, 71% dos respondentes tiveram uma taxa de ocupação superior a 81%, sendo que em 2022 este número era dado por 87% dos hoteleiros inquiridos. As taxas de ocupação na ordem dos 50% a 80% subiram face ao ano passado, e verificou-se, pela primeira vez, hoteleiros a dizerem que tiveram uma taxa de ocupação abaixo dos 50% (4% dos inquiridos vs 0% em 2022).
Preço médio em 2023 é superior à pré-pandemia
O preço médio por quarto subiu tanto na cidade de Lisboa como na Área Metropolitana, sendo que, este ano, na cidade o preço foi de 237 euros e na AML foi de 221 euros, quando no ano passado, estas zonas verificavam preços médios de 210 euros e 193 euros, respetivamente. Isto representa um aumento de 13% e 15%, respetivamente.
Face a 2019, houve um aumento do preço médio de 53% na cidade de Lisboa e de 56% na AML, sendo que nesse ano, os preços fixavam-se nos 155 euros e 142 euros, respetivamente.
A estada média manteve-se igual à de 2022, com a maioria dos hoteleiros (78%) a apontar que a estada foi de 2 a 3 noites, tanto na cidade de Lisboa como na Área Metropolitana.
Todavia, a estada média de 4 a 5 noites foi superior na cidade de Lisboa (apontada por 20% dos hoteleiros) e a estada de uma noite foi superior na AML (apontada por 4% dos hoteleiros).
EUA mantém-se como mercado dominante
A AHP questionou os 295 estabelecimentos em relação os três principais mercados emissores, e 59% dos hoteleiros apontou os EUA como mercado dominante em 2023, seguindo-se Portugal e Reino Unido.
Em 2022, os três principais mercados apontados pelos hoteleiros era EUA, Reino Unido e França, este último que era apontado por 43% dos inquiridos no último ano, mas que em 2023 foi apontado por apenas 19%.
Na cidade de Lisboa, 73% dos respondentes conferem que tiveram reversas de participantes da Web Summit, 10% dizem que não e 17% dizem não saber. Na AML, 66% dos hoteleiros tiveram reservas de participantes, 16% dizem que não e 18% dizem não saber.
A Booking voltou a ser o principal canal de reservas, tanto na cidade como na Área Metropolitana, seguindo-se o website próprio, que se destacou mais na AML.
Em relação à demissão de Paddy Cosgrave do cargo de CEO da Web Summit e às suas afirmações sobre Israel, 77% dos hoteleiros consideraram que não teve impacto nas reservas, mas 22% consideraram a situação como um impacto negativo.
Por Diana Fonseca
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