Os dados de fevereiro do World Hotel Index, disponibilizado pela SiteMinder, revelam um passo mais em direção à normalidade para os hoteleiros. Com o dinamismo das reservas hoteleiras a subirem para quase 84% dos níveis de 2019 este mês, estas atingiram agora o seu ponto mais alto desde 27 de fevereiro de 2020, resultado do alívio de restrições, da diminuição do número de casos e do reforço dos volumes de reservas nas grandes cidades.
Compromisso da Ásia Pacífico com o turismo alivia pressões
Na região da Ásia Pacífico, a Austrália, Tailândia, Vietname, Japão, Nova Zelândia e Filipinas implementaram ou anunciaram já orientações novas para as viagens nas últimas semanas.
A Austrália, que reabriu aos turistas internacionais esta segunda-feira, não só assistiu a um aumento consistente do tráfego aéreo (houve 50 chegadas internacionais só na segunda-feira) mas também a uma dinâmica nas reservas com os volumes a aproximarem-se dos níveis de 2010 e a atingirem um máximo de nove meses.
Também as Filipinas está a passar por uma vaga de reservas após a reabertura a 10 de fevereiro. O número de reservas em hotéis locais superou os 60% dos níveis pré-pandémicos, o mais elevado em quase dois anos.
O Vietname, que planeia abrir as suas fronteiras totalmente em março, disparou para 44% dos níveis de 2019 no início de fevereiro, e no Sri Lanka as reservas internacionais também ganharam ímpeto face aos níveis de 2019. As Maldivas continuam bem acima da média global.
Altos e baixos nas Américas e EMEA
As Américas continuam com um forte desempenho. No norte, os hotéis do Canadá estão a ter os mais elevados volumes de reservas em quase dois anos, sobretudo impulsionados pelas chegadas internacionais e o desempenho dos hotéis de Vancouver.
A Costa Rica e México, em parte graças à performance robusta dos hotéis em San José e Cidade do México, continuam a liderar a região. Entretanto, nos EUA, as unidades em nova Iorque, Los Angeles, Miami e Honolulu estão a receber entre 80% e 100% dos seus volumes de 2019, conduzindo o mercado como um todo para a sua percentagem mais alta dos níveis de 2019 desde que a pandemia começou.
Na região da EMEA (Europa, Médio Oriente e África), o anúncio da mudança de restrições de viagens nos Países Baixos, Suécia, Noruega e Dinamarca teve um impacto imediato. Nos Países Baixos, onde a maioria das restrições será levantada hoje, as reservas aumentaram 40% desde o início do mês, para 88% dos níveis de 2019, e o volume de reservas superam atualmente os níveis de 2019 na Suécia e na Noruega. Na Dinamarca, o dinamismo a nível de reservas está agora a menos de 10% abaixo da média global, tendo deslizado 38% no início do ano.
Estónia, Islândia, Portugal e Espanha são os outros mercados da EMEA que superam atualmente os seus níveis de 2019, com a França, Irlanda e Reino Unido bem acima dos 90%.
Em França que, tal como Portugal e Espanha aliviaram recentemente restrições, os hotéis de Paris (seguindo o caminho do Porto e Barcelona) estão agora acima dos níveis de reservas de 2019 pela primeira vez desde que a pandemia começou. Entretanto, na Irlanda, um forte aumento das chegadas planeadas para o recém-anunciado fim-de-semana longo de quatro dias do Dia de São Patrício garantiu que os volumes de reservas se mantivessem fortes, próximos dos níveis de 2019.
Globalmente, 56% das reservas das últimas duas semanas foram para estadias em fevereiro ou março, reforçando o facto de que a maioria dos hóspedes continuam a ser minimalistas quando se trata de planear. Na região da Ásia Pacífico em especial estão a reservar muito last minute, com um terço das reservas na região feitas nas últimas duas semanas para estadias em fevereiro. O que compara com 19% nas Américas e na EMEA, onde o planeamento para o verão, sobretudo entre turistas internacionais, assiste a uma atividade de reservas mais antecipadas.